A Ideologia Imperfeita //Billie Eilsih (G!P)

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Temas sensíveis: O passado de Billie

Aviso: Quando aparecer esse sinal aqui " _ ", quer dizer que dois momentos estão acontecendo ao mesmo tempo e quando aparecer esse {...}, quer dizer que o próximo acontecimento já faz algum tempo depois do anterior.

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Billie:

Olho a lareira acesa fixamente enquanto os meus pensamentos voavam, essa manhã recebi uma carta de Finneas, estou com medo de abrir, porém, estou curiosa também. Desvio o meu olhar da lareira para a carta que está em minhas mãos e me acomodo mais na poltrona extremamente confortável.

Está chegando a estação do inverno e daqui alguns dias irá nevar, preciso sair para abastecer a garagem com lenha, mas não posso deixar aquela pirralha aqui sozinha. Tiro um cigarro do meu bolso junto ao isqueiro, o ascendo e coloco a bituca na boca puxando o ar tóxico para dentro.

Não estou com coragem para ler essa carta pelo simples fato de que, provavelmente, o meu irmão está morto. Na organização de assassinos do governo, caso você seja penalizado e fuja, a sua condenação será a morte. O meu irmão nunca mandaria uma carta para mim à essa altura do campeonato. Solto a fumaça pelo nariz, pego a carta com a minha mão esquerda e rasgo a fissura com a boca, tirando o papel de dentro do outro com ansiedade.
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Finneas

24/03/2020

Billie, se você está lendo essa carta, muito provavelmente eu estou morto. Desculpa irmãzinha, não consegui vingar a morte dos nossos pais e nem tive garra para isso, sempre fui uma peça usada do governo. Tanto que eu fugi. Espero que consiga viver bem e esqueça a vingança que você tanto carrega em seu coração, por favor.

Lembro-me como éramos felizes quando tínhamos 5 e 10 anos de idade. Seja feliz por mim e pelo nossos pais, você é muito especial para mim...

Com amor Finneas.

De Finneas para Billie.

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Mordo o meu lábio inferior com força sentindo as lágrimas descerem e o sangue tomar de conta da minha boca, mas sem eu mostrar quaisquer sentimentos. A minha mão solta a folha que caiu no chão lentamente e eu limpo as minhas lágrimas voltando a fumar. No entanto, as lágrimas continuaram a insistir, então eu não as limpei novamente e apaguei o cigarro o amassando sentindo o meu peito arder. Solto o pouco da fumaça que restou em meu pulmão pela boca e após alguns segundos... eu gritei, porém, foi silencioso.

O meu irmão morreu, ele morreu? Eu não tenho mais ninguém nesse mundo, todos se foram e me deixaram aqui!

Minha angústia subiu o peito saindo grunhidos de dor pela boca e as veias do meu pescoço soltaram por eu estar segurando a vontade de gritar para o mundo inteiro ouvir, eu não me lembro desde a última vez que eu chorei e provavelmente isso faz anos.

O meu irmão foi o único que me amou sem ser os meus pais adotivos, pois quando eu tinha 4 anos de idade, fui jogada no lixão e passei 7 meses lá até que pessoas da saúde básica me encontraram e me colocaram no orfanato para a adoção. Era para eu estar grata por ter saído do lixão, porém, o orfanato era extremamente religioso, eu não conseguia seguir as regras e as freiras de lá me tratavam mal. Tanto em pressão psicológica e em não me deixar comer durante dias.