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S/n:

Até agora não sei o motivo desta festa, meu pai e o senhor Eduard Volker preparam isso tudo e disse que seria uma surpresa tanto para mim e para todos os convidados aqui presente. Riley estava o tempo todo ao meu lado nesse lugar, no começo achei um tanto cavalheirismo, mas agora acho um ato possessivo. Além do mais, esse lugar está cheio de pessoas esnobes e arrogantes, todos aqui parecem me olhar com inveja ou fúria.

Totalmente presa em uma vida que não me pertence, as vezes acho que a minha existência é um descaso a todos aqui presente. Principalmente para mim. A música do salão estava calma e era clássica, o cheiro era doce e o ar do ambiente era pesado.

Familias de grande peso estão aqui, todos aliados das duas máfias mais perigosas desse país.

- Me concede uma dança? - Riley me perguntou vendo-me olhando fixamente para o nada e bebericando a minha taça de vinho cheia.

A olho e levemente dando um sorriso gentil, aceitando a cortesia pegando em sua mão. Percebo que hoje eu sou a atração da festa, existem vários olhares sobre mim e eu sinto medo. O que está acontecendo?

Perguntei várias vezes para o meu pai o motivo dessa festa repentina, mas ele nunca me respondia e só me mandou vestir modestamente para a ocasião. Riley me guiava até o salão de dança onde havia casais dançando sob o som da música clássica.

- S/n, você é uma pessoa muito especial para mim - Ela dizia segurando a minha cintura com uma mão e a outra a minha mão direita - Você se tornou alguém tão especial para mim em tão pouco tempo.

Fico calada e coloco a minha mão em volta do seu pescoço e começamos a dançar. Era calmo, mas angustiante para mim.

- Sei que não sente o mesmo por mim, mas queria dizer que eu te amo - Ela dizia e eu apenas estava calada observando à minha volta pela visão periférica. Os casais haviam parado de dançar e ficaram a nos observar, uma luz branca acendeu sobre nós e o resto do salão estava escuro.

A música clássica ficava mais rápida a cada segundo e os meus batimentos cardíacos acompanhavam o ritmo. Riley tinha um riso macabro em seus lábios, seu aperto em minha cintura se tornava doloroso e automaticamente minha mão saia de seu pescoço.

- Te acompanhei durante 1 ano S/n, você me fez sentir viva novamente - Ela dizia e a sua voz mudou drasticamente - Eu deveria te agradecer, mas acho que é ao contrário - A música ficou lenta até parar e consecutivamente paramos também.

- É com muita alegria que eu revelo a todos vocês o motivo desta grande festa - A voz do senhor Eduard soou pelo microfone - S/n filha de Peter Burker, e Riley, minha filha - O homem velho se aproximava devagar com a sua bengala batendo no chão.

Olho para Riley assustada e a garota afastou-se de mim delicamente.

- Irão se casar - Eduard revelou e o meu chão pareceu desabar. O quê? - Faça o pedido, minha filha - Disse entregando o microfone para Riley.

A mulher se ajoelhou diante de mim e tirou do bolso de sua calça uma caixinha de alianças.

- S/n, meu amor - Ela dizia, mas a minha respiração pareceu faltar. Não quero me casar, mas eu não tenho escolha - Você foi um motivo de brilho em minha vida, desde que eu te conheci, eu senti algo especial ligando nois duas - Do que essa urubua está falando? Especial? Não temos nada de especial além da nossa amizade - Você me faz sentir borboletas em meu estômago - A mesma dizia e eu continuava paralisada a olhando.

- O que está acontecendo, Riley? - Pergunto baixo e a mulher ignorou totalmente a minha pergunta.

- S/n, você quer se casar comigo? - Como assim "quer?" eu não tenho escolha, mas eu não quero isso.

O silêncio instaurou e era constrangedor.

- Aceite, por favor, S/n - Ela dizia e eu apenas mantive-me paralisada, até que a única luz do salão apagou e imediatamente Riley me agarrou.

Billie:

Observo o pedido de casamento entre os convidados, não haveria suspeitas pois eu estava de máscara. Não imaginei que S/n estaria aqui, faz tanto tempo que não a vejo. A garota estava paralisada diante de tal pedido e eu não a julgo, se eu estivesse em seu lugar, teria fugido a muito tempo. A sua sorte S/n, é que eu irei matá-la hoje (refiro-me à Riley).

Pego o meu revólver na cintura e atiro sobre o único holofote que estava sobre elas, as pessoas ficaram assustadas, porém, não gritaram. Mesmo estando muito escuro, ainda havia luz de algumas lanternas de celulares. Minha arma tinha silenciador, porém, se esquentou demais e acho que demorará um pouco para eu voltar a usá-la.

- Acho que houve um erro, ligaremos todas as luzes em alguns minutos, por favor, não se desesperem - Eduard disse e rapidamente ando pelos convidados em busca de Riley.

De forma com que ninguém me visse, chego à uma distância considerável das duas mulheres e percebo que realmente era Riley, ela não morreu.

- Me solta, Riley! - Escuto a voz angelical da S/n, mas era baixo. Não consigo enxergar tão bem e talvez acerte S/n ao invés da Riley.

S/n:

Riley segurava-me fortemente enquanto eu tentava me separar, estava escuro e poucas luzes da lanternas de celulares estavam ligadas.

- Fique quieta e eu acho bom você aceitar o meu pedido quando tudo voltar ao normal - Essa garota pensa que está falando com a mãe dela?

Voz da razão de S/n:

É muita maldade pensar isso, pois ela não tem mãe S/n.

...

Que se lasque, eu quero fugir desse lugar e era algo que deveria ter feito a muito tempo. Quando finalmente consigo afastar-me dela, ouço o disparo de um tiro e uma pessoa segurou-me firmemente.

Ah não, já não basta ser segurada por uma maluca e já tem outra? Ou outro, não sei. Tento identificar essa pessoa, mas a mesma estava de máscara e então o caos começou a se instaurar. O barulho do tiro foi alto e então, poucas luzes começaram a se acender.

- Me solta, seu maluco! - A pessoa me colocou em seu ombro e começou a atirar nas pessoas que tentaram se aproximar, consecutivamente um dos seguranças do meu pai. A pessoa deu mais alguns disparos na Riley e a mesma havia parado de gritar - AAAAHHH! SOCORRO! - Grito e então a pessoa começou a correr entre as pessoas desesperadas para ir embora do local.

Não estou entendendo mais nada, quem é esse urubu? Não acredito que estou sendo sequestrada logo agora... Bom, é melhor do que me casar.
Por que eu nasci filha de um mafioso? Só problemas.

A Ideologia Imperfeita //Billie Eilsih (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora