Nós saímos juntos do Colégio, andamos por alguns metros, porém morávamos em ruas diferentes, então eu e Erick nos despedimos, e seguimos cada um para sua casa.
Eu pensei que estava sozinha, porém, escutei um som de bicicleta em movimento ficando mais alto, parecia vir por trás de mim.
- Oi gatinha!
- Aí meu Deus. - Revirei meus olhos e contorci todo o meu corpo.
- Marnie, não é?
- Sim...Vitor.
O cara tem coragem de me seguir, de bicicleta.
- Como sabe meu nome?
- As garotas do Colégio e toda a torcida do Flamengo, mencionam seu nome.
- Eita, tô famoso!
Tá isso foi um pouco hilário, isso me fez rir um pouco, acabei dando um sorriso.
- Olha, fiz sorrir a boca da gata.
- Não me chame de gata
- Porquê?
- Isso é feio pra caramba
- Todas as meninas gostam.
- Não, as meninas não gostam do termo "gata" que você dá a elas, elas gostam de Você! Por isso ignoram o seu jeito ridículo de ser.
- Awn, fez dodói em mim. - Disse rindo.
Aquele momento era muito irritante, não sei como eu estava suportando tudo aquilo.
- Agora me diga gatérrima...
- PARA DE ME CHAMAR DE GATA! - Me irritei, parei de andar, fiquei o encarando.
- Eu não te chamei de gata, te chamei de gatérrima, é diferente.
- Eu te proibo de me apelidar, de qualquer nome referido a gatos e todos os felinos que existem na terra!!
- Miau?!
- AAARHG!!
- Não precisa ficar com raiva, porquê você tem tanta raiva de mim? - Ele olhou tão profundamente pra mim, aquele foi o único momento que eu reparei nele com mais cuidado.
A feição de tristeza do rosto dele era tão, evidente, tão, sei lá... parecia doce. Tá, os olhos dele eram bonitos.
- Nada. - Respondi, virando meu olhar do dele.
- Me desculpa, eu sei que meu jeito É irritante pra você, pelo menos eu tô vendo agora. Qual é o seu nome?
- Marnie...
- Obrigado pela atenção, ATÉ MAIS BICHO DO MATO!! - Finalizou a performance dando grau na bicicleta, acelerando, indo embora. Na moral, ele é daqueles caras que gostam de dar grau, em bicicleta.
Que cara asqueroso, me chamando de gatinha, puxando assunto comigo, arhg! Nojo! Não gostava de caras assim, gosto de caras sérios e sóbrios de si. Mas cada um tem o seu jeito.
Até que no fundo, ele era engraçado...
[...]
A Jane surtou quando eu disse a ela que o Vitor conversou comigo. Ela começou a teorizar mil e uma coisas, dizendo que ele e o Erick gostavam de mim, e que eu era uma garota de muita sorte por ter dois caras gostando de mim. Que isso era raro de acontecer, e que ela está morrendo de inveja porquê nenhum garoto ousou se aproximar dela alguma vez.
Jane começou a me dizer para escolher logo quem eu iria investir, e o que sobrasse seria dela, pois as opções são... ah sério que eu vou falar isso? "Bastante apetitosas" As vezes a Jane me assusta.
- Então, com quem você vai ficar? Com o popular engraçado? Ou o Cético Psicopata?
Quando a Jane disse... psicopata, aquilo me assustou.
- Jane, você acha que ele é um psicopata? - Perguntei temerosa.
- Não amiga, eu tô brincando! Isso é porquê ele é um cara fechado, não fala nada, frio, sem emoção, é por isso, não liga pro que eu tô falando não boba!
Tá, pra Jane, pode ter sido algo corriqueiro dizer isso, mas pra mim, que já vi ele dizer não achar tão errado matar passarinhos, e não ter sentimento nenhum quando fala sobre a morte do pai.
É como se ele tratasse a morte como algum comum... O que é, no mínimo, incomum pra mim.
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Meu Amigo Erick
Mystery / ThrillerMarnie não esperava encontrar seu amigo de infância novamente, porém, ele não parece ser comum como os outros, e essa amizade começa a "bambear" quando os recentes crimes e detalhes assombrosos vão em direção a suspeita desse tal amigo. 🏅 #1 EM "S...