Capitulo 23 - Faca

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Eu juro para vocês, que a boca dele tinha sabor de cereja, nossas bocas dos encontraram, isso durou pouco, enquanto eu sentia um cheiro de chuva pairar.

Quando nos desconectamos, podendo olhar um para o outro, ele me disse:

- Vamos acabar com isso de uma vez por todas.

Então ele deu um passo se afastando de mim, mexeu por dentro de seu ilustre casaco, tirando de lá uma faca de cozinha. Nesse momento eu fechei meus olhos de disse pra mim " é agora ".

Então eu senti ele pegar em minhas mãos, me dando a faça, eu abri os olhos, e vi a faça, sendo molhava pelos pingos de chuva que estreiavam no momento.

Eu olhei para ele, que disse:

- Me mata.

- O quê?

- Você não tem tanto medo de mim? Me mata.

- Eu seria uma assassina

- Não lhe culparia por isso.

- Porquê quer que eu lhe mate?

- Ok vou lhe dar a última chance.

Ele pegou em minhas mãos, enquanto a chuva se itensificava, me fez segurar a faça com firmeza, o fazendo apontar para ele.

- Enfia isso nas minhas entranhas.

- Eu...não posso.

Ficamos em silêncio por longos segundos, então ele arrancou a faça das minhas mãos o guardando em seu casaco novamente.

- Vamos. - Me disse, me puxando pela mão.

Então eu pensei, que ele não queria me matar em público, vai me matar no sigilo.
Eu não sabia o que pensar, estava sendo levada por ele, mas não sabia o que ele queria de mim, ou comigo.

Ele me amava?

Eu não conseguia pensar em alguma explicação viável. -Nós dois paramos, ele carregou em seus braços em quanto chovia forte, estávamos encharcados.

Então fomos em direção ao carro e entramos, eu respirava ofegante enquanto as gotas de chuva batiam na janela do carro.

Erick ligou o carro, e deu ré em uma velocidade incomum. Eu fiquei preocupada, será que iria bater em alguma coisa de propósito para morrer, me envolvendo nessa morte?

Ele segurou as estradas na contra mão, era eu e ele contra o mundo. Ele desviada de todos os outros carros perfeitamente, me minha vida passar por diante dos meus olhos várias vezes.

Eu estava começando a ter náuseas, não estava gostando daquilo.

- Para

...

- Para Erick...

...

- Erick, vamos bater

...

- ERICK PARA!

Ele parou, e nós estávamos de frente a sua casa. "Ah não Erick, eu pensava, ah não..."

Ele abriu a porta do carro, me puxando para fora, me levando para dentro de sua casa...

- Erick, os meus pais, eles não sabem que estou aqui...Erick!

Ele não queria me escutar, entramos na casa dele, então eu vi de relance a sua mãe, Erick subiu as escadas comigo, então ele abriu a porta de um cômodo da qual nunca tinha entrado.

Ele abriu a porta violentamente me jogando lá dentro, olhou para mim por poucos segundos, fechou a porta, no final escutei o som do trinco da porta sendo bloqueado.

- Ah não, o que eu vou fazer.

Olhei para os lados, e me espantei, eu não estava no quarto do Erick, eu estava em um outro quarto, que não era da mãe do Erick, pelo menos de ninguém que morava lá, que eu soubesse.

Meu Amigo ErickOnde histórias criam vida. Descubra agora