Episódio 28 - Me perdoa?

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- Você...veio Marnie? - O Vitor havia acordado, tentava mexer a cabeça em minha direção para me ver.

- Vitor! - Me aproximei da maca.

- Jeniffer, você pode me deixar sozinho com a Marnie? - Vitor perguntou a prima, que consentiu, saindo do quarto.

- Porquê ela não pode escutar, Vitor? 

- Marnie... - Disse, tocando na minha mão direita - Eu, quero te pedir desculpas, por ter sido tão babaca com você.

Fiquei em silêncio.

- Eu achava que para ser uma pessoa bem sucedida, aclamada pelas pessoas, bem vista, que eu teria que ser alguém intrometido, eu te tratei como um objeto, um troféu, você...me perdoa?

- Eu te perdoo Vitor.

- Não, não Marnie, não me perdoe por eu estar aqui na maca, imóvel, mas por tudo o que eu fiz antes com você e com a Jane. Você me fez ter outra perspectiva, você me perdoa, Marnie?

- Eu...te perdoo Vitor.

Ele sorriu, apertando minha mão, correspondi apertando de volta, lhe dando um sorriso tímido.

- Eu tenho que te dizer mais uma coisa... aquele, seu amigo, ele... Ele me feriu, ele queimou minha casa, era ele!

- Eu sei disso Vitor, agora todo mundo sabe!

- Ele foi preso?

- Ainda não foi encontrado, mas logo logo a polícia dá conta disso. Eu não quero pensar tanto nisso, o que eu quero, é, ficar em paz.

- Eu também. Se você puder, mande minhas desculpas a Jane.

- A Jane, ela, não está mais entre nós.

- O quê...ela?

Mexi minha cabeça, confirmando.

- Caraca... Então foi...

- Sim, foi ele.

- Aí meu Deus Jane, eu sinto muito!

- O pior é que isso é tudo culpa minha, eu envolvi vocês nisso, ele machucou vocês por minha causa.

- Não Marnie, você não sabia! Não se culpe ok?!

Eu fiquei conversando mais um pouco com o Vitor, até o horário das visitas terminarem, pode se dizer que eu estou um pouco amiga de Vitor, quem diria.

Fomos para casa, já era noite, ficamos conversando sobre tudo o que aconteceu, eu e meus pais, enquanto nos apóiavamos mutuamente.

Então a porta bateu, todos nós fizemos silêncio, eu me desesperei, sentindo um frio na barriga, em todo o meu corpo. Poderia ser o Erick, querendo se vingar de mim.

O meu pai pediu para que nós nos escondessemos, enquanto ele pegou uma faca para se defender caso fosse necessário. Nos escondemos atrás das longas cortinas, então ele abriu a porta.

Era a polícia, se tratava da delegada Rachel Carter, ela nos ajudou e nos ouviu por toda a denúncia.

- Bom dia senhor Oliveira, estamos aqui novamente para levar a Marnie á delegacia, ela se tornou suspeita dos assasinatos e ataques recentes.

Não, não podia ser.

Meu Amigo ErickOnde histórias criam vida. Descubra agora