Em que a filha de Daemon e Rhea Royce, depois da morte da mãe e criada na corte real junto da princesa Rhaenyra, sua prima.
Ao ir crescendo Ophelia Targaryen percebe que chama mais atenção cada vez mais dos cavaleiros, mas Ophelia acaba-se envolvend...
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𝓘 𝓱𝓪𝓭 𝓽𝓸 𝓱𝓪𝓽𝓮 𝓲𝓽
𝓑𝓾𝓽 𝔂𝓸𝓾 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝓶𝓮
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A manhã do casamento de Visenya chegou mais cedo do que o usual. O céu ainda estava tingido de um azul profundo, com poucas nuvens se movendo preguiçosamente acima da Fortaleza Vermelha. O ar era frio, e uma leve neblina subia dos jardins, mas mesmo com essa tranquilidade ao redor, o castelo estava em ebulição. Servos corriam de um lado para o outro, preparando o grande evento, enquanto os nobres ajustavam seus trajes e discutiam os detalhes do que seria um dos casamentos mais importantes da história dos Targaryen.
Rainha Alicent caminhava pelos corredores largos e frios, em direção ao quarto de Visenya. Ela sabia que a jovem princesa havia tido dificuldades para aceitar esse dia, e o coração de Alicent se apertava de pensar no que Visenya estaria sentindo. Afinal, não era apenas o casamento em si, mas a ausência de Ophelia que pesava sobre a jovem. Alicent sentia, profundamente, o quanto a ausência da mãe devastava a menina.
Ao se aproximar da porta do quarto, Alicent hesitou por um momento. Ela sabia que encontrar Visenya naquela manhã seria difícil. Lembrava-se com clareza de como a menina havia reagido quando soubera que Ophelia não estaria presente em seu casamento, e de como sua fúria havia se voltado contra o próprio Viserys.
Alicent empurrou suavemente a porta, que se abriu sem fazer barulho. O quarto estava mergulhado em uma penumbra suave, iluminado apenas pela luz suave que entrava pela janela. E ali, parada diante da janela, estava Visenya.
A jovem princesa estava acordada há horas. Seus longos cabelos prateados caíam como uma cascata sobre suas costas, ainda desfeitos, pois ela não havia permitido que nenhuma criada se aproximasse dela. Visenya olhava para o céu com uma expressão vazia, o olhar perdido nas nuvens. Alicent sabia que, todos os dias, Visenya esperava pela mesma coisa: ver Ophelia surgir nos céus, montada em seu dragão, para levá-la embora dali.
Mas isso nunca acontecia.
A cada manhã, Visenya esperava com o coração apertado, seus olhos vasculhando os céus, esperando aquele ponto distante que anunciaria a chegada de sua mãe. E a cada manhã, seu coração era partido novamente pela ausência. Hoje, dia de seu casamento, não era diferente. Ela queria Ophelia. Precisava de sua mãe ali, com ela, para guiá-la nesse dia que deveria ser de felicidade, mas que, para Visenya, era apenas um lembrete da separação.
Alicent se aproximou devagar, observando a postura rígida e silenciosa da jovem. O silêncio no quarto era quase palpável, e Alicent sentiu o peso das emoções não ditas que pairavam no ar. Visenya não se mexeu, não desviou o olhar da janela, mesmo quando ouviu os passos suaves da rainha atrás dela.
