Em que a filha de Daemon e Rhea Royce, depois da morte da mãe e criada na corte real junto da princesa Rhaenyra, sua prima.
Ao ir crescendo Ophelia Targaryen percebe que chama mais atenção cada vez mais dos cavaleiros, mas Ophelia acaba-se envolvend...
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𝓘 𝓱𝓪𝓭 𝓽𝓸 𝓱𝓪𝓽𝓮 𝓲𝓽
𝓑𝓾𝓽 𝔂𝓸𝓾 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝓶𝓮
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A Sala do Trono estava carregada de uma tensão sufocante, o ar denso com o peso de disputas que moldariam o futuro dos Sete Reinos. O teto abobadado da Fortaleza Vermelha parecia pressionar cada alma presente, como se as pedras antigas também estivessem cientes do conflito iminente. As grandes casas estavam reunidas, cada uma firmemente ancorada em suas convicções e orgulho ancestral. Os estandartes pendiam das paredes, os brasões de dragões, lobos, cervos e leões pareciam observá-los, testemunhas silenciosas de um destino incerto.
No canto direito da sala, Ophelia Royce mantinha-se imponente, ao lado de Gwanye, seu marido, e seus filhos, que estavam dispostos ao redor dela como soldados em uma fileira. Seus traços nobres, uma fusão das dinastias Targaryen e Hightower, não passavam despercebidos. Era como se a força bruta dos Royces, combinada com a astúcia dos Hightower e a majestade dos Targaryen, estivesse ali, personificada em sua família. Ophelia, com seu olhar firme e a postura ereta, exalava uma autoridade natural, fruto de sua linhagem e de sua capacidade de liderança, forjada por anos de batalhas, perdas e vitórias pessoais.
Ao seu lado, Gwanye, com sua figura alta e robusta, mantinha uma mão protetora sobre o ombro da filha, Elyana, enquanto seus olhos corriam pela sala, atentos a qualquer sinal de ameaça. A forma como ele a envolvia demonstrava não apenas um ato de proteção, mas de posse; ela era sua filha, e ninguém ousaria tocá-la sem enfrentar a fúria de seu pai. Elyana, de quinze anos, herdara a beleza austera de sua mãe e a determinação inabalável do pai, seus olhos brilhando com curiosidade e tensão, consciente de que aquele dia marcaria o futuro de sua família.
No canto oposto, Rhaenyra Targaryen e Daemon estavam cercados pelos filhos, Lucerys e Jacaerys, além de Rhaena, filha de Daemon com Laena Velaryon. A inquietação de Rhaenyra era palpável. Seus olhos não se desviavam do Trono de Ferro, como se temesse que, em um momento de distração, ele desaparecesse de seu alcance. Ela sabia que sua reivindicação estava constantemente ameaçada, e o peso desse conhecimento a tornava rígida, quase desesperada. Ao lado dela, Daemon mantinha uma expressão serena, mas seus dedos batiam levemente no punho de sua espada, Dark Sister, como se ele também sentisse o tumulto que se desenrolava ao seu redor.
No centro da sala, a figura solene de Rhaenys Targaryen, a Rainha Que Nunca Foi, observava tudo com um olhar austero, seus anos de experiência e sabedoria refletidos em sua postura digna. Ao lado dela, sua neta Baela permanecia firme, uma jovem que ainda não compreendia plenamente o jogo de poder em que estava envolvida, mas sentia o peso dele em seus ombros.
