Em que a filha de Daemon e Rhea Royce, depois da morte da mãe e criada na corte real junto da princesa Rhaenyra, sua prima.
Ao ir crescendo Ophelia Targaryen percebe que chama mais atenção cada vez mais dos cavaleiros, mas Ophelia acaba-se envolvend...
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𝓘 𝓱𝓪𝓭 𝓽𝓸 𝓱𝓪𝓽𝓮 𝓲𝓽
𝓑𝓾𝓽 𝔂𝓸𝓾 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝓶𝓮
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Aemond estava sentado em seu quarto, a escuridão envolvendo-o como um manto pesado. A única luz vinha das brasas na lareira, que lançavam sombras dançantes nas paredes de pedra. Ele segurava um pequeno espelho de prata nas mãos, hesitante em olhar para o próprio reflexo. A cicatriz em seu olho era uma lembrança cruel da batalha que havia travado, não apenas contra Lucerys, mas contra seu próprio destino. Ele se sentia mutilado, não apenas fisicamente, mas também em seu orgulho e em sua autoimagem. A vergonha e a raiva ferviam dentro dele, misturadas com o medo de ser rejeitado.
De repente, ouviu uma batida suave na porta. A voz de Ophelia, calma e firme, chegou até ele. "Aemond, posso entrar?"
Aemond congelou, seu coração acelerando. Ele não queria que ninguém o visse naquele estado, especialmente não Ophelia, que ele admirava tanto. "Não... eu não quero que você me veja assim," respondeu, sua voz quebrando levemente. "Você vai ter medo de mim."
Houve uma pausa, e então a voz de Ophelia veio novamente, mais próxima, cheia de carinho e determinação. "Aemond, nada em você poderia me assustar. Você é o meu menininho. Deixe-me entrar."
Hesitante, mas querendo acreditar em suas palavras, Aemond se levantou e, com mãos trêmulas, abriu a porta. A luz do corredor iluminou parte de seu rosto, revelando a cicatriz ainda fresca que atravessava o lugar onde seu olho direito estivera. Ele evitou olhar diretamente para Ophelia, seus olhos focados no chão.
Ophelia não hesitou. Ela entrou no quarto e, com um gesto delicado, tocou o queixo de Aemond, erguendo suavemente seu rosto para que ele a encarasse. Seus olhos, cheios de compaixão e amor, encontraram os dele, e ela não demonstrou nenhum sinal de repulsa ou medo. Em vez disso, ela sorriu, um sorriso que irradiava calor e aceitação.
"Você não tem que esconder nada de mim, Aemond," ela disse suavemente. "Você é e sempre será o príncipe mais bonito e meu sobrinho preferido, com ou sem um olho."
Aemond sentiu um alívio imenso ao ouvir essas palavras, como se um peso enorme tivesse sido tirado de seus ombros. Ele deixou que Ophelia o guiasse até a cama, onde ela se sentou ao lado dele. Ela passou um braço ao redor de seus ombros, puxando-o para perto, e começou a acariciar seu cabelo com uma ternura que ele tanto necessitava naquele momento.
"Eu sei que isso foi difícil para você, mas você é mais forte do que imagina," Ophelia murmurou, sua voz suave e reconfortante. "Essa cicatriz é uma prova de sua coragem e determinação. Não é algo que deve te envergonhar."
