Em que a filha de Daemon e Rhea Royce, depois da morte da mãe e criada na corte real junto da princesa Rhaenyra, sua prima.
Ao ir crescendo Ophelia Targaryen percebe que chama mais atenção cada vez mais dos cavaleiros, mas Ophelia acaba-se envolvend...
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𝓘 𝓱𝓪𝓭 𝓽𝓸 𝓱𝓪𝓽𝓮 𝓲𝓽
𝓑𝓾𝓽 𝔂𝓸𝓾 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝓶𝓮
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O sol ainda não havia surgido por completo no horizonte quando Ophelia, de pé junto à janela do quarto, observava o céu tingido de um azul profundo, sinal de que o dia logo começaria. Ela não havia pregado os olhos a noite toda. As palavras da carta de Larys ainda ecoavam em sua mente como um lembrete constante de que sua paz estava prestes a ser ameaçada mais uma vez. Os planos de Rhaenyra e Daemon, a intriga que se aproximava, tudo aquilo a mantivera desperta, contemplando seus próximos passos.
Ela se levantou suavemente, tentando não acordar Gwanye, que dormia ao seu lado, exausto da noite anterior. Caminhou até seu baú de roupas e começou a preparar suas malas. O peso da responsabilidade, da proteção de sua família e de Runestone, a fazia agir com urgência. Sabia que a viagem para Porto Real não poderia ser adiada. Se Rhaenyra e Daemon queriam contestar seus direitos, ela estaria lá para enfrentá-los.
Com as mãos ligeiramente trêmulas, Ophelia colocou alguns dos seus vestidos e pertences pessoais nas malas. Seu coração batia acelerado, mas não era apenas pela raiva e tensão da noite anterior. Havia um outro segredo, um segredo que ela vinha guardando por dois meses e que agora, com toda a situação desmoronando ao redor, sentia que precisava ser revelado.
Bryanna, sua fiel dama de companhia, bateu à porta e entrou no quarto silenciosamente, sempre atenta ao humor de sua senhora.
"Bryanna," Ophelia começou, sem parar de arrumar as malas, "por favor, acorde as crianças. Diga-lhes para se prepararem. Vamos partir para Porto Real em breve."
A dama de companhia hesitou por um momento, surpresa com a súbita decisão, mas acenou com a cabeça e saiu rapidamente para cumprir as ordens. Enquanto isso, Ophelia continuava sua tarefa, focada, mas seu corpo traía o cansaço e o estresse que a consumiam.
Gwanye, ainda meio adormecido, começou a se mexer na cama. Ele abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz suave da manhã que começava a entrar pela janela.
"Ophelia?" sua voz soava rouca de sono. "O que você está fazendo? Por que está arrumando as malas?"
Ophelia parou por um momento, seus olhos se fixando no espelho à sua frente, refletindo a imagem de uma mulher que já havia suportado tanto, e que agora se preparava para enfrentar mais um desafio. Ela soltou um suspiro, sabendo que não poderia mais adiar a explicação.
"Recebi uma carta de Larys durante a noite," ela começou, a voz calma, mas carregada de seriedade. "Rhaenyra está indo para Porto Real. Vaemond Velaryon vai contestar a legitimidade de Lucerys como herdeiro de Driftmark. E mais... Daemon e Rhaenyra estão questionando meu direito sobre Runestone."
