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Alguns dias depois...

Alguns dias haviam se passado desde a última vez que Sanzu havia importunado S/n. Durante esses dias, ele não ousou tocá-la novamente. Até foi gentil com ela, como se tentasse se redimir pela violência que cometeu contra ela dias atrás. S/n estava servindo a mesa de seu chefe, Sanzu, e os irmãos Ran e Rindou.

Ela colocou os copos com cuidado, evitando contato visual com Sanzu. O silêncio na mesa era pesado, quebrado apenas pelo som do líquido sendo servido.

Ela segurava com firmeza a garrafa de whisky, despejando nos copos sob a mesa, cada um com um líquido âmbar reluzente. Em meio à ação, um movimento brusco fez com que o braço de Ran esbarrasse na mesa, e um dos copos, com força, se inclinou para frente, derramando todo o whisky sobre a saia da moça.

O líquido escuro se espalhou, manchando o tecido branco.

O ar ficou pesado, denso como a fumaça do cigarro que Ran segurava entre os dedos. S/n sentiu o sangue gelar nas veias enquanto o copo de whisky, que ela acabara de servir, escorrega pela mesa e molhava sua saia. O olhar de Ran, frio e cruel, a perfurava como um espinho.

Ran: Droga! Desculpa, S/n - ele disse, a voz rouca e sem remorso.

O ar da noite estava denso, carregado pela fumaça dos cigarros e pela tensão que pairava entre eles. Sanzu observava S/n com um olhar intenso, seus olhos escuros pareciam penetrar em sua alma. Ela se ajoelhou, tentando limpar o whisky que havia manchado sua roupa, o tecido branco agora era um lembrete visível do incidente de dias atrás.

S/n: Tudo bem, senhor - murmurou S/n, sua voz quase inaudível.

Sanzu não respondeu, apenas a encarava com uma expressão impenetrável. Rindou, sentado ao seu lado, soltou uma risada seca.

Rindou: Relaxa, S/n. Não foi culpa sua.

Sanzu: Vai se limpar - ele disse, a voz baixa e rouca, como um trovão distante.

S/n se levantou, as mãos trêmulas, e se dirigiu ao banheiro.

A risada maliciosa de Ran e Rindou ecoou pelo ambiente, cortando o silêncio da noite. S/n, sem perceber a intenção por trás daquela zombaria, seguiu em direção ao banheiro, deixando para trás um rastro de perfume doce.

Sanzu, com um sorriso cruel e calculista, observou a cena. Ele pegou uma pílula branca, a mesma que Ran e Rindou haviam lhe oferecido mais cedo, e a engoliu com um gole de whisky. A bebida ardeu em sua garganta, mas a sensação de euforia que logo se seguiu o fez sorrir ainda mais.

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