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•◦ೋ•◦❥•◦ೋ•┈┄┄┅┉╯O ar da sala era denso, carregado pela tensão da negociação entre Mikey e a gangue rival. S/n, sentada no colo de Sanzu, observava a cena com cautela. As semanas desde o término do noivado com Emmy e sua mudança para a casa de Sanzu pareciam se esticar eternamente. A vida agora era uma mistura de medo e tédio. A proibição de S/n sair de casa sem ele e de trabalhar como bottle-girl a deixava presa, como uma ave em uma gaiola dourada.
A noite era um sábado, e a promessa de uma noite agitada e lucrativa no bar se esvaía a cada hora que passava. S/n sentia um aperto no peito, uma sensação de claustrofobia que a sufocava.
Mikey, com sua aura ameaçadora e olhar implacável, conduzia a negociação com a mesma frieza que usava para liderar a Bonten. A cada palavra, a tensão na sala aumentava.
S/n se levantou do colo de Sanzu, sentindo um tremor percorrer seu corpo.
S/n: Vou ao banheiro - murmurou, sua voz quase inaudível.
Os olhos de Sanzu se fixaram nela, penetrantes e frios.
Sanzu a observou por um instante, como se estivesse avaliando suas palavras.
Sanzu: Volte rápido - ordenou, seus dedos apertando levemente sua cintura.
S/n assentiu, sentindo um frio na espinha. Ela se retirou da sala, caminhando em direção ao banheiro, cada passo como uma agulha cravada em seu coração. A sensação de estar presa, de ser controlada, a sufocava.
No banheiro, S/n respirou fundo, tentando acalmar seus nervos.
S/n olhou para o seu reflexo no espelho. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, e a pele pálida. Ela parecia uma prisioneira, aprisionada em sua própria vida.
S/n estava prestes a abrir a porta do banheiro, a mão já na maçaneta, quando um cheiro familiar a atingiu como um soco no estômago. O perfume de Emmy, doce e floral, agora impregnava o ar, carregado de lembranças agridoces.
Antes que pudesse processar o que estava acontecendo, sentiu os braços de Emmy a envolvendo, um abraço apertado que a fez travar.
Emmy: Eu estava com tantas saudades de você, S/n - a voz de Emmy, doce e rouca, sussurrou em seu ouvido, fazendo arrepios percorrerem sua pele.
S/n, encarando a mulher que um dia jurou amar para sempre. Emmy parecia tão radiante quanto sempre, o sorriso que antes a encantava agora a deixava desconfortável.
O cheiro do perfume, o abraço, as palavras... tudo a levava de volta para um tempo que ela jurou ter deixado para trás. Mas, agora, aqui estava Emmy, de volta em sua vida.
S/n: Emmy, o que você está fazendo aqui? - S/n perguntou, seus olhos se enchendo de lágrimas novamente. Ela não sabia se eram de felicidade por ver Emmy ou de medo de Sanzu encontrá-las tão próximas.
Emmy: Eu vim te ver, S/n. Você... você está cheia de marcas - Emmy disse, notando as marcas roxas pelo corpo de S/n.- S/n, você está deixando aquele merda fazer isso? - Emmy perguntou, enquanto S/n se afastava dela.
S/n: Emmy, isso não é da sua conta. Você não deveria ter vindo atrás de mim. - S/n disse à sua ex-noiva, a voz trêmula.
A cena era carregada de tensão. O medo e a dor de S/n transpareciam em cada palavra, enquanto a preocupação e a raiva de Emmy se misturavam com a tristeza de vê-la naquele estado. O passado, com seus sonhos e promessas, parecia pairar sobre elas, enquanto a realidade cruel do presente as separava.
S/n, com os olhos vermelhos de lágrimas, se afasta de Emmy, sua ex-noiva, enquanto as palavras de dor e confusão ecoam no ambiente.
S/n: Emmy, isso não é da sua conta. Você não deveria ter vindo atrás de mim.
A voz de S/n, carregada de raiva e tristeza, ecoa no espaço fechado. Emmy, com os olhos azuis brilhando de uma mistura de esperança e desespero, se aproxima de S/n, buscando contato visual.
Emmy: S/n, eu ainda te amo. Deixa o Sanzu e vamos embora juntas. Você não vê? Ele não te ama, S/n. Ele não sente nada por você.
As palavras de Emmy, carregadas de emoção e convicção, parecem penetrar a armadura de S/n. A dor em seus olhos se intensifica, e lágrimas rolam pelo seu rosto.
S/n: Eu não posso, Emmy. Eu... eu não posso.
O cheiro de lavanda e o barulho das torneiras do banheiro feminino se misturavam com o turbilhão de emoções que S/n sentia. Ela acabara de se afastar de Emmy, sua ex-noiva, e a culpa roía seu estômago como ácido. Mas a culpa era um peso leve comparado ao terror que se abateu sobre ela ao abrir a porta do banheiro e se deparar com Sanzu.
Ele estava encostado na parede ao lado da porta, um sorriso maldoso estampado em seu rosto. Os irmãos, Ran e Rindou, estavam ao seu lado, observando a cena com um ar de divertimento cruel. O olhar de Sanzu, frio e penetrante, a congelou no lugar.
Sanzu: Ora, parece que a minha coelhinha quebrou uma das nossas regras - ele disse, a voz rouca e ameaçadora.
S/n sentiu seu corpo tremer. As lágrimas brotaram em seus olhos, mas ela as reprimia com força, engolindo o choro em um nó na garganta.
Sanzu tocou seu rosto com a ponta dos dedos, a pele fria e dura.
Sanzu: Não chore, meu amor - disse, a voz agora mais suave, mas a ameaça pairando no ar.
O aperto em seu peito se intensificou. Ela sabia que estava em apuros. Sanzu não era um homem para ser desafiado, e ela havia quebrado uma de suas regras, a regra mais importante: não se aproximar de outras pessoas.
S/n sentia o medo se infiltrando em seus ossos. A sensação de estar presa, de não ter escapatória, a dominava por completo. Ela não sabia o que Sanzu faria, mas sabia que seria algo terrível.
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ᴼ ᵖʳᵒ́ˣᶦᵐᵒ ᶜᵃᵖᶦ́ᵗᵘˡᵒ ᵉˢᵗᵃ́ ˢᵉⁿᵈᵒ ᵉᵈᶦᵗᵃᵈᵒ....