Capítulo 29 | Perguntas

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A tortura não seria rápida. Eu preferia prolongar o sofrimento, saborear cada momento de resistência se esvaindo lentamente. O rosto de Sebastian estava uma visão desolada, inchado, com hematomas roxos e cortes profundos que manchavam sua pele de vermelho e roxo. Os olhos dele, quase fechados pelo inchaço, piscavam desesperados enquanto tentava entender a gravidade de sua situação. Sua respiração era ofegante e irregular, como se o ar que ele inalava não fosse suficiente para suportar a dor que sentia.

A cada movimento meu, o medo dele aumentava. Eu me agachei na frente dele, observando cada detalhe de sua agonia, aquilo era meu trabalho.
Com precisão, comecei a usar um alicate pequeno, pressionando-o contra a pele exposta dele, ajustando a força para que a dor fosse intensa, mas não fatal. Ele se contorcia na cadeira, gemendo de dor enquanto tentava desviar os olhos do instrumento.

-Você vai me dizer tudo o que eu preciso saber. Eu disse com voz calma. - Como você está capturando os clientes do magnata e trazendo-os para comprar sua mercadoria?.

Eu movi o alicate para um novo ponto, suas unhas, pressionando com um pouco mais de força, sem arrancar. O som da dor escapando de seus lábios abafados era quase musical. O suor escorria pelo rosto dele, misturando-se com o sangue e as lágrimas.

- Sei que você está resistindo. Eu continuei, o tom de minha voz implacável. - Mas a dor só vai aumentar. Diga-me como você está trabalhando.

Sebastian, em um misto de dor e desespero, começou a murmurar algo indistinto, mas eu não consegui entender. Então, peguei uma pequena faca e a deslizei pela superfície de seu braço, fazendo um corte superficial que fazia o sangue escorrer lentamente.

- Vamos lá. Eu disse com um sorriso sombrio. - Eu tenho tempo. E você parece não ter muito mais para dar. Diga-me o que eu quero saber, e talvez a dor diminua um pouco.

Cada palavra que eu falava era carregada de um tom ameaçador, cada movimento meu intensificando o medo e o sofrimento dele. A tortura não era apenas física, era uma guerra psicológica, um jogo de paciência onde eu controlava o tempo e a dor. Sebastian estava em meu domínio agora, e eu não tinha pressa.

A expressão de Sebastian se contorcia em agonia enquanto a lâmina passava levemente sobre sua pele, o sangue se misturando com o suor em um espetáculo grotesco. Ele tentava desviar o olhar, mas a dor era constante, forçando-o a enfrentar a realidade de sua situação a cada instante.

Me aproximei dele, puxando meu celular do bolso. Eu precisava dá uma conferida. Abri meu sistema de câmeras e ali estava ela, minha flor, sentada na ponta da cama, sua cabeça abaixada, os olhos fechados, perfeita. Mostrei a imagem para Sebastian, que se contorcia na cadeira, o sangue já encharcando todo seu corpo.

- Tá vendo essa aqui?. Murmurei, meu tom casual, quase como se estivéssemos batendo papo. - Essa vai ser minha esposa. A mulher com quem eu vou me casar. Com quem vou ter três filhos.

Ele olhava a tela do celular assutado.

- Ela vai ser a pessoa que vai me ajudar a queimar esse mundo todo.

Aproximei o celular no meu rosto e depositei um beijo na tela, antes de desligar o aparelho e guarda-lo de volta no meu bolso.

Olhei novamente para Sebastian, observando cada reação dele com calma. O alicate estava agora ao lado, por fim decidi usar o cabo da minha adaga, deslizando-o suavemente pelo corpo dele, pressionando contra os hematomas e cortes já existentes. O som das batidas leves fazia Sebastian se contrair em dor, seus gemidos abafados pela mordaça aumentando em intensidade.

- Eu posso continuar assim o tempo que for necessário. Eu disse. - E, honestamente, eu gosto disso.

Sebastian balançou a cabeça violentamente, a dor fazendo com que ele tentasse resistir, mas era claro que a resistência dele estava se desvanecendo. Seus olhos, antes cheios de desafio, agora estavam apenas cheios de pânico e cansaço.

Entre flores e segredosOnde histórias criam vida. Descubra agora