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|𝐆𝐎𝐒𝐓𝐎𝐒𝐔𝐑𝐀𝐒 𝐎𝐔 𝐓𝐑𝐀𝐕𝐄𝐒𝐒𝐔𝐑𝐀𝐒
𝟑𝟏 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐮𝐛𝐫𝐨, 𝟏𝟗𝟖𝟒.

Zoe havia decidido que definitivamente não iria à festa de Halloween. Ela já não gostava muito da ideia, e, depois do encontro estranho com Billy, a última coisa que queria era correr o risco de vê-lo novamente. Durante a noite anterior e toda a manhã na escola, Hanna havia insistido para que Zoe e Jonathan mudassem de ideia. Mas ambos deram a desculpa de que acompanhariam Dustin, Lucas, Mike e Will para pedir doces. Claro, não era só uma desculpa. Zoe adorava passar tempo com eles e, principalmente, adorava comer os doces que eles conseguiam.

Agora, ela esperava ansiosamente pela chegada de Jonathan. Já estava pronta, mas sem muito esforço: uma blusa azul bebê de manga longa e uma calça jeans preta, um visual casual e confortável, mas que ainda sim, realçava as curvas de seu corpo. Ao ouvir a buzina do lado de fora, ela desligou as luzes da casa e saiu, trancando a porta.

Zoe entrou no banco de trás do carro de Jonathan e fechou a porta com um sorriso.

— Caramba! Eu amei sua fantasia! — Zoe exclamou, animada ao ver Will no banco da frente, vestido com uma fantasia dos caça fantasmas.

Will olhou para trás, oferecendo um pequeno sorriso. — Obrigado, Zoe. — Apesar da gratidão, havia algo de decepcionante em seu tom.

Zoe franziu a testa, inclinando-se para a frente.
— Ei, o que foi?

Will suspirou, olhando para fora da janela enquanto as casas passavam lentamente.
— Jonathan não quer me deixar ir pedir doces sozinho... — Ele parecia desanimado, como se aquilo fosse tirar parte da diversão da noite. Ainda estava claro, mas em poucos minutos, estaria completamente escuro, e ele queria estar com seus amigos, sem supervisão.

Zoe percebeu Jonathan lançando-lhe um olhar breve pelo retrovisor, um olhar que misturava preocupação e culpa. Ela compreendia a situação.
Para Will, ser seguido pelo irmão mais velho e Zoe durante a caça aos doces provavelmente soava um pouco embaraçoso. Afinal, ele só queria se divertir com os amigos.

Mas Zoe sabia que havia muito mais por trás da superproteção de Jonathan. Tudo o que havia acontecido no ano anterior, o desaparecimento de Will, o terror indescritível pelo qual eles passaram, deixou cicatrizes profundas. Joyce, sendo a mãe que era, obviamente teria redobrado o cuidado com o filho, e Jonathan, seguindo seus passos, faria o mesmo. Zoe não podia culpá-los.

Quando o carro chegou à casa de Mike, que ficava a poucos minutos, Zoe acenou da janela para os três meninos que saíam de casa animados, vestidos com fantasias iguais à de Will. Eles seguravam sacos enormes, ansiosos pela noite que estava por vir. Lucas, Mike e Dustin sorriram de volta e acenaram energicamente para ela.

Will esticou a mão para abrir a porta, pronto para se juntar aos amigos, mas foi interrompido pela voz de Jonathan.

— Ei, Will, espera aí. — Jonathan chamou, sua voz carregada de um tom fraternal, mas sério.

Will se virou. — O que foi?

Jonathan hesitou por um momento, olhando para o irmão com um misto de preocupação e carinho. — Se eu te deixar ir sozinho, você promete que vai ficar por aqui? Só pelas redondezas.

Will arregalou os olhos de entusiasmo, incapaz de conter a felicidade. — Sim! Sim, claro! Eu prometo!

Jonathan não pôde deixar de sorrir diante do entusiasmo do irmão. — Certo... Na casa do Mike às nove, então?

— Combinado! — Will quase gritou, mal conseguindo conter o sorriso que se alargava em seu rosto.

Jonathan suspirou, parecendo aliviado, mas ainda cauteloso. — Tá bom, então vai lá. Se cuida.

𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐈𝐓'𝐒 𝐂𝐎𝐋𝐃  || Steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora