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| 𝐓𝐈𝐌𝐄 𝐑𝐄𝐒𝐄𝐑𝐕𝐀

Zoe estava recostada no balcão da cozinha, com o cotovelo apoiado, observando a cena com desdém

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Zoe estava recostada no balcão da cozinha, com o cotovelo apoiado, observando a cena com desdém. Seus olhos acompanhavam os movimentos desajeitados de Dustin e Steve enquanto eles esvaziavam a geladeira, jogando embalagens, recipientes e prateleiras pequenas no chão, em uma pilha improvisada de caos.

— Uma ajuda não faria mal. — comentou Steve, sua voz carregada de frustração enquanto enrolava uma criatura morta em um lençol velho.

Zoe deu um meio sorriso, claramente se divertindo com o desconforto de Steve, mas sem qualquer intenção de se mexer.

— Valeu. Estou bem aqui — respondeu ela, seu tom leve e irônico. Steve balançou a cabeça, mas não se deu ao trabalho de insistir.

— Acho que agora vai caber — disse Dustin, depois de tirar as últimas latas e potes da geladeira, empilhando tudo de qualquer jeito no chão.

Steve, segurando o corpo da criatura como se fosse um bebê repulsivo, hesitou.

— Precisa mesmo disso? — perguntou, olhando para o animal enrolado em tecido e sujo de gosma esverdeada. O tom de sua voz indicava que ele já sabia a resposta, mas a esperança de evitar aquilo ainda pairava.

— Sim, tá bom? — respondeu Dustin, impaciente, pela terceira vez naquela madrugada. — Isso aqui é uma descoberta científica inovadora! Não dá pra enterrar como se fosse um cachorro ou qualquer outro mamífero comum.

— Tá, tá. Ta bom..— Steve suspirou, tentando fazer Dustin se calar. — Mas você explica pra tia Joyce, ouviu?

Ele caminhou até a geladeira com a criatura, uma tentativa cautelosa de fazê-la caber dentro do eletrodoméstico. Naturalmente, foi um fracasso. A coisa era maior e mais disforme do que parecia, e a gosma escorria por todo o lençol. Steve tentou novamente, com mais força.

— Dustin, me ajuda aqui!

— O que eu faço?

— Segura a porta!

Dustin, hesitante, segurou a porta da geladeira aberta enquanto Steve se debatia com o peso morto da criatura. Ele bufava e murmurava palavrões enquanto tentava ajustar o corpo gosmento.

— Eca! Que nojo! — ele reclamou. Steve enfiava a criatura com um esforço visível, suas mãos escorregando na gosma pegajosa. Por fim, a porta da geladeira se fechou com um baque.

— Pronto — disse Steve, limpando as mãos sujas na calça com uma expressão de puro desgosto. — Muito obrigada pela enorme ajuda, Zoe.

Zoe, que agora apoiava a cabeça nas mãos, observava a cena com um sorriso irônico. Não havia sequer movido um dedo.

— De nada — respondeu ela, seu tom carregado de sarcasmo.

Steve a encarou por um segundo, mas sabia que não adiantava discutir. Zoe parecia estar perfeitamente feliz em assistir ao desastre, como se estivesse assistindo a uma comédia. Para ela, aquele caos controlado era mais uma peça no teatro bizarro que estavam vivendo.

𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐈𝐓'𝐒 𝐂𝐎𝐋𝐃  || Steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora