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|𝐀 𝐀𝐑𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐂𝐎𝐌𝐄𝐂̧𝐀𝐑

Na manhã seguinte, Steve havia saído cedo para ir à escola

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Na manhã seguinte, Steve havia saído cedo para ir à escola. Zoe ouviu a porta da casa se fechar com um leve clique, mas ela já estava acordada há horas. Não pregara os olhos a noite inteira, rolando de um lado para o outro na cama, perdida em pensamentos sobre como seria sua vida dali em diante. Havia uma sensação incômoda que a perseguia sempre que fechava os olhos, como se algo estivesse ali, oculto na escuridão do quarto, a observando, à espreita.

Desde que descobriram a doença, seu pai tinha tido uma conversa franca com ela. Avisou-lhe que, quando chegasse o momento, Joyce ficaria com sua guarda. Zoe tentou se preparar para isso durante três anos, repetindo para si mesma que, quando a hora chegasse, a dor não seria tão forte. Mas não foi assim. Quando ele se foi, foi como se uma parte dela tivesse sido arrancada à força, deixando um vazio impossível de preencher.

Agora, ela encarava o mesmo ponto na parede que havia observado no dia anterior, como se esperasse que alguma resposta surgisse ali, no meio do nada. Queria encontrar algum consolo, alguma razão para acreditar que ainda havia um lado bom naquilo tudo. Forçava-se a pensar que não estava sozinha, que iria morar com Joyce, Will e Jonathan, que já eram quase uma família para ela. Mas, no fundo, nada disso a confortava. Ela não queria que fosse assim. Queria seu pai, e só isso.

Mais tarde naquele mesmo dia, Hanna apareceu sem avisar. Ela trouxe uma sacola cheia de coisas — comidas, filmes antigos e esmaltes coloridos. Sem dizer muito, apenas se acomodou ao lado de Zoe e começou a organizar tudo sobre a mesa de centro. Zoe sentiu alívio por Hanna não ter tocado no assunto. Em vez disso, a amiga começou a pintar suas próprias unhas e falar de coisas triviais, como se estivessem em uma tarde qualquer, sem a sombra do que tinha acontecido.

Hanna ficou até tarde, mantendo a conversa leve, preenchendo o silêncio com histórias da escola e pequenas piadas que arrancavam sorrisos fracos de Zoe. Elas passaram horas assim, e a companhia de Hanna trouxe um tipo de conforto silencioso. Mesmo que a presença dela não afastasse a dor, lembrava Zoe de que ainda havia alguém ali, tentando fazer tudo parecer normal, mesmo que por um momento. Quando o relógio bateu meia-noite, Hanna se despediu com um abraço firme e silencioso, e Zoe murmurou um agradecimento enquanto a amiga saía.

Depois que Hanna foi embora, Zoe tomou um banho rápido e voltou para a cama. O sono foi difícil, como sempre, mas naquela noite conseguiu dormir por três horas seguidas — algo que parecia um pequeno avanço.

Na manhã seguinte, Zoe ouviu uma batida suave na porta e, ao abrir, encontrou Jonathan. Ele não trazia sacolas ou distrações; só ele mesmo. Assim que ela abriu a porta, ele a puxou para um abraço apertado, envolvente e cheio de significado. Jonathan não precisava de palavras para demonstrar o que sentia; o calor e a firmeza do abraço diziam tudo: "Eu estou aqui. Você não está sozinha."

𝐖𝐇𝐄𝐍 𝐈𝐓'𝐒 𝐂𝐎𝐋𝐃  || Steve harringtonOnde histórias criam vida. Descubra agora