Capítulo 18 - Tudo sob Controle

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Fernanda

As horas foram seguindo e em determinado momento tive que ir em casa conversar com meus pais. Aparentemente Vivian havia saído ontem a noite para algum baile e não voltou, os deixando extremamente preocupados.

– Calma mãe. – Tento acalma-la. – Me explica isso direito.

– Ela disse que ia em um tal de VK. Eu não queria deixá-la ir, mas ela fez um show, você sabe.. – Conta em meio as lágrimas. – Fui tomar banho e ela saiu escondido. – Afago seus cabelos em meu abraço. Eu queria matar a Vivian por permitir que ela passasse por uma coisa dessas depois de tudo que aconteceu comigo. – Cadê ela Fernanda? Minha menina...

[...]

– Conversei com alguns contatos. Tô indo atrás da Vivian. – Apareço na cozinha onde minha mãe tenta acalmar meu pai. 

– Mas você sabe onde ela está, filha?

– Olha mãe, conheço um pessoal que vai fazer ela aparecer rapidinho. – Aviso indo em direção a porta. – Tranquiliza o pai, logo eu trago ela de volta.

– Tá bom, cuidado filha. – Alerta, concordo com a cabeça e beijo sua testa.

Ligo para Piolho.

— Eai. — Ele atende rápido. — Falei com uns manos aqui, tá rodando uma foto dela pela favela. Tu vai dar uma chegada aqui?

— Estou a meia hora daí, vou demorar um pouco pra chegar. – Aviso checando a hora em meu relógio.

— Não vou poder chegar lá porque eu tenho um lance pra resolver, mas o Zeca vai tá lá.

— Beleza, procuro por ele. — Declaro, logo me despeço e entro no carro.

Sigo enfurecida e queria encontrar a Vivian logo pra descontar a minha raiva nela. Garota teimosa...
Pego um engarrafamento que me deixa mais irritada ainda, chego quase quarenta minutos depois. Estaciono o carro ali em qualquer lugar e pego meu celular logo ligando para o Zeca.

— Manda, morena.

— Fala Zeca, tudo tranquilo?

— Até agora sim, mas com você me ligando já sei que é b.o.

– Piolho falou contigo?

— Tua irma desaparecida é?

— Sim, sabe dela?

— Onde você tá? — Muda de assunto logo que pergunto.

— Tô aqui já, me dá uma localização que eu subo até você. — Mando a localização no WhatsApp e ele avisa que está vindo até mim, quando chega pede que eu saia do carro e assim faço, cumprimento ele com um abraço breve e respiro fundo. — Fala aí, você tem uma ideia de onde ela pode está? — Cruzo meus braços diante do peito.

— Achar uma pessoa desaparecida aqui na minha favela é fácil. — Coça a cabeça. — Mina tá com um chegado aí sabe? — Semicerro os olhos, estralo a língua e não demoro a entender o que ele quis dizer.

— Que chegado, zeca?

— Dominó, é um parceiro meu. Soube que ela tá na casa dele, posso te levar até lá se quiser ou posso trazer ela até aqui.

— Me leva lá, não se preocupa que com ela o lance vai ser mais sério. — Ele não evita dar risada, me indica o carro e eu travo as portas do meu antes de entrar.

Ele me guia até o local, assim que estaciono em frente uma casa com portões brancos, a gente desce e aguardo ele tocar a campanhia da casa.

Aguardamos em silêncio até um homem com certeza uns cinco anos mais velhos que eu aparece trajando apenas uma bermuda.

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