Capitulo 15 - Primeiro passo

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Fernanda

Caminho as pressas pelo corredor da farmácia olhando para os lados atenta, pego o remédio com uma receita prescrita por mim mesma e o farmacêutico não se dá ao trabalho nem de conferir.

Caminho até a minha casa, visto minhas roupas e o meu coturno antes de sair da sala com o celular em mãos.

"me atrasei um pouco chego aí daqui a pouco."

Envio a mensagem a Thamires, assim que desvio meu olhar do celular para verificar o caminho a minha frente paro bruscamente de andar ao me deparar com Emerson.

— Fernanda. — Caminho em sua direção hesitante. — Preciso falar com você, por que não atendeu minhas ligações?

— Liguei o celular agora. – Coloco meu celular preso no quadril, abaixo a blusa e cruzo os braços. — Mas podemos conversar agora, seria a respeito do que?

– A respeito da informação falsa que você me passou.— Engulo em seco ao ouvir a sua voz, ajeito a postura e olho bem nos seus olhos pra tentar não transparecer nervosismo.

— Desculpa, como é?

— Venha , eu te acompanho até o seu carro. — Concordo ainda com o pé atrás, ele caminha ao meu lado em silêncio. Assim que chegamos próximo ao meu carro ele para a minha frente e me olha de maneira séria.

– Por que eu te mandei para Rondônia, Fernanda? —Franzo o cenho sem entender o motivo da pergunta.

— Para poder tirar informações do Tito.

— E foi isso que você fez?

— O que eu faria se não isso?

— Além de transar com ele na visita íntima que quem conseguiu foi a advogada? — Dou de ombros com a sua fala.

— Sei como conquistar aquele homem Emerson, e vai por mim, uma conversa e uns beijinhos não o faria cooperar.

— E como você fez?

– Como eu fiz? — Indago arqueando uma sobrancelha.

– Sim, fico curioso em sabe... — Gesticula como quem não quer nada. — Você passa um ano com ele e nem mesmo a casa dele você teve privilégio de conhecer. Agora, você faz o que? Três visitas para ele e saí de lá com o paradeiro de um dos comparsas deles, frisando quê, esse foi entregue para nós morto.

— Oh, estava morto? — Faço-me de surpresa, seu olhar fica baixo. — Mas você conseguiu o capturar, Tiro cooperou.

— Da mesma forma que cooperou em dizer o local da boca de fumo em pilares, essa boca cujo está tendo invasões constantes do CV. — Rosna se aproximando de mim.

— Como você queria que eu soubesse disso?

— Cinco dos meus homens morreram Fernanda, cinco. — Repete com os olhos escuros. — Por culpa sua. — Aponta o dedo na minha cara. — Você deu a localização, você quem mandou eles para lá.

— Culpa minha? — Ironizo achando o cúmulo. – Eu dei a localização de uma boca de fumo, você achou que iria encontrar o que lá? Existe gente pra proteger a área e eu não sabia que o CV iria estar lá também, quem os mandou lá foi você. — Destravo as portas do meu carro — Se me der licença eu preciso ir. — Faço menção em entrar no carro, mas ele segura a meu braço.

— Antes de ir, quero que saiba de uma coisa. — Olho pra ele. — Se eu descobrir que você está de alguma maneira tentando passar a perna em mim, não vai ser só você quem vai sofrer com as consequência, senhorita Fernanda. — Semicerro os olhos diante da ameaça.

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