Capitulo 20 - É bom estar de volta

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Tito

Inspiro fundo quando o carro para de se movimentar, Maisa pula pra fora na mesma hora que o porta malas é aberto. Vejo os irmãos retirarem as malas do porta malas e logo ouço o barulho da caixa de som, quando coloco meus olhos no Piolho, o filha da puta dá risada desacreditado.

– Maluco, tu é brabo, na moral mesmo. — Se afasta desacreditado. – Saio do porta malas, ajeito o boné na cabeça e dou aquela esticada nos ossos e músculos, sinto as articulações se manifestarem.

– Tu tá falando com Tito, né Piolho? Respeita. – Mato a saudades do cara com um abraço mesmo, sem essa viadagem, abraço de homem mesmo. — Cadê geral?

– Thamires tá se virando em trinta, geral nem vê a cara dela..— Olho por cima do ombro dele e encontro Fagner saindo com uma xícara em mãos, comendo da minha comida pra variar.

– Demorou em cuzão. – Se aproxima. Troco um aperto de mão com ele e procuro Maísa com os olhos.

– Chega mais pirralha. — Chamo ela que se encontrava próximo ao carro, ela se aproxima toda sem jeito.

– Cadê o Dentinho?

– Tá lá no hospital com a Mari. — Piolho diz de olho na mina. — Qual é da garota?

– Seguinte, Maísa. – Me viro pra ela que me olha assustada. – Tu vai pra casa, vou mandar fazer uma compra maneira lá pra tua residência e vou liberar uma mulher pra fazer o rango pra vocês lá. — Ela concorda tentando não se emocionar. — Tu tá vendo onde eu moro, qualquer b.o tu me procura aqui tá entendendo? — Ela concorda novamente. – Ou procura alguém lá no VG que eles vão te trazer até mim.

– Obrigada. — Diz sem jeito diante dos olhares, Eduarda se aproxima por trás dela. Dou uma olhada na garagem, desde os manos que vieram a viagem inteira fazendo minha escota até as minas. – Quero agradecer geral aqui que fechou comigo nessa viagem tá ligado? Cês demostraram respeito e fidelidade e isso não tem preço pra mim não. — Faço uma pausa olhando pra cada um deles. — Geral vai receber o seu amanhã, porque hoje eu vou curtir minha família. — Deixo claro. — Valeu aí, qualquer coisa geral sabe que pode contar comigo e com meus chegados. Entra geral aí pra tomar uma breja logo nessa porra. — Chamo os irmão tudo, entro dentro de casa, deixo que eles se virem e procuro a morena com os olhos.

Avisto ela no topo do parapeito da escada, o sorrisão no rosto enquanto me olha abismada, em dois tempo já estou subindo as escadas e indo na sua direção.

– Você chegou vivo.

– Sou pique homem de ferro morena, ja te disse..— Enlaço sua cintura, ela joga aqueles braços ao redor do meu pescoço e eu dou um cheiro gostoso nela. — Cheirosa pra caralho mané... – Ela me prende em um abraço, rodeio seu corpo e mato a saudade dela.

Ouço um fungado e não demoro pra perceber que ela está chorando, afasto meu rosto levemente e seguro o seu em minhas mãos.

– Chora não mulher, tô aqui contigo. — Seco suas lágrimas, encosto nossos lábios em um beijo gostoso.

– Eu... Eu só...– Olha para o mim, acariciando meu rosto. — Estou feliz de estar aqui com você.

– Então não chora. – Ela ri em meio às lágrimas.

– Tudo bem, chega de chororô. – Se afasta limpando as lágrimas.

Coloca um sorriso nos lábios ficando mais bonita do que já era com aquele nariz avermelhado. Ouço um movimento no andar de baixo e na mesma hora olho para o local junto dela.

– Cadê a cerveja dessa casa em? – Piolho grita lá de baixo.

– Tem duas geladeira do quintal cheia de cerveja Piolho, deixa de reclamar. — Fernanda retruca e eu acho graça. Ele segue até a saída para o quintal junto dos outros. — Começa a assar a carne que esta em cima da mesa, já está temperada! – Grita para que ele possa ouvir, ele apenas concorda e saí de cena. — E você.. agarra minha mão, olho pra ela arqueando uma sobrancelha. – Vai tomar um banho, vem. — Sai me puxando pra o quarto.

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