The weight of change

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De volta à rotina, a casa deles voltou a ser um lar seguro. As sessões de terapia continuavam, mas as recaídas de Jaekyung haviam se tornado menos frequentes. O clima entre eles estava mais estável, e Dan sentia que havia esperança no futuro que estavam construindo.

Certo dia, enquanto Jaekyung estava na Academia de luta, Heesung apareceu de surpresa, como sempre fazia. Ele trazia dois milkshakes de morango e um sorriso despreocupado no rosto.

- Pensei em passar aqui para ver como você estava. - Heesung disse, entregando um dos copos a Dan.

- Que bom que veio. Estava pensando em você mesmo. - Dan sorriu, aceitando o milkshake - Como estão as coisas?

Os dois se sentaram no sofá, conversando animadamente sobre a vida, os treinos de Heesung e as pequenas conquistas de Dan na academia. A amizade entre eles era fácil, natural, e Dan apreciava o quanto Heesung era um porto seguro nos momentos de incerteza.

- E o Jaekyung? - Heesung perguntou de repente, olhando para Dan com um leve sorriso. - Ele tem se comportado?

Dan riu, balançando a cabeça. - Tem sim. Ele está tentando de verdade. As coisas estão bem melhores.

Heesung assentiu, mas Dan percebeu uma sombra de preocupação passar pelo rosto dele. Antes que pudesse perguntar, Heesung falou novamente.

- Eu fico feliz por você, Dan. Só quero que você saiba que, se precisar de mim, eu sempre estarei por perto.

Dan sorriu, tocado pela preocupação de Heesung. - Eu sei. Obrigado.

Mas o momento de calma foi interrompido pela chegada de Jaekyung. Ele entrou na sala e parou ao ver os dois juntos, sentados no sofá, próximos e rindo. Seus olhos se estreitaram por um breve segundo antes de ele forçar um sorriso.

- Oi, Heesung. - Jaekyung cumprimentou, tentando esconder o desconforto.

Heesung, sempre educado, se levantou e sorriu de volta. - Jaekyung. Estava só passando pra dar um oi pro Dan, mas já vou indo.

Jaekyung assentiu, acompanhando Heesung com o olhar até ele sair pela porta. Assim que ficaram sozinhos, ele se virou para Dan, ainda tentando conter o ciúme que borbulhava dentro dele.

- Vocês pareciam bem próximos. - Ele comentou, tentando soar casual.

Dan suspirou, sabendo onde aquela conversa poderia levar. - Ele é meu amigo, Jae. Já falamos sobre isso.

Jaekyung esfregou a nuca, claramente incomodado. - Eu sei. Só que... não consigo evitar. Me desculpe.

Dan se aproximou e segurou a mão dele, olhando nos olhos do namorado. - Você está indo bem, de verdade. Não deixa isso estragar o que estamos construindo, tá?

Jaekyung respirou fundo e assentiu. Ele sabia que o ciúme era uma batalha constante, mas estava determinado a não deixar aquilo destruir o relacionamento que tanto valorizava.

E assim, eles continuaram, passo a passo, reconstruindo não só o relacionamento, mas também a confiança e o amor que haviam quase perdido.

As semanas seguintes à viagem e à visita de Heesung trouxeram uma tranquilidade rara à vida de Dan e Jaekyung. O casal se adaptava a nova rotina, e Jaekyung, ainda que com seus momentos de ciúme, se esforçava para controlar seus impulsos. As sessões de terapia de casal se tornaram um espaço seguro onde ambos podiam falar abertamente, sem medo de julgamentos ou represálias.

Em uma noite, após uma sessão particularmente profunda, Dan se deitou ao lado de Jaekyung na cama, ambos olhando para o teto em silêncio. A terapeuta havia trazido à tona a questão dos medos e traumas que Dan ainda carregava, e Jaekyung, pela primeira vez, parecia compreender o peso que ele havia imposto ao namorado no passado.

- Eu me arrependo tanto de ter te machucado no passado. - Jaekyung murmurou, rompendo o silêncio. Ele virou a cabeça, observando o perfil delicado de dan, cujos cabelos castanhos estavam espalhados pelo travesseiro. - Só agora vejo quanta dor te causava.

Dan suspirou, sentindo o peito apertar.
Ele sabia que jaekyung estava arrependido, mas o processo de cura não é fácil. As cicatrizes do passado ainda estavam ali, as vezes latejando com as memórias que teimavam em aparecer em momentos reflexivos.

- Eu sei. - Ele respondeu, virando-se para encarar o mais alto. - mas o que importa agora é o que estamos fazendo para seguir em frente. Você mudou, está mudando e é isso que me dá esperança.

Jaekyung estendeu a mão e acariciou o rosto de Dan, os dedos deslizando pela pele macia antes de pousarem em sua nuca. Ele puxou Dan delicadamente para mais perto, seus rostos a poucos centímetros de distância.

- Eu te amo. - Jaekyung disse com uma sinceridade que fez o coração de Dan disparar. Ele raramente expressava seus sentimentos tão abertamente, mas ali, na escuridão confortável do quarto, parecia mais fácil.

Dan sorriu, sentindo o calor daquela confissão o envolver.
- Eu também te amo.

Eles se beijaram com uma suavidade que contrastava com a intensidade de seus sentimentos. O toque de Jaekyung era cuidadoso e Dan sentia- se mais seguro do que nunca, retribuiu o carinho, trazendo o maior para mais perto. As mãos de Dan deslizaram pelos braços fortes do namorado, sentindo cada músculo enquanto os dois se perdiam no carinho.

 As mãos de Dan deslizaram pelos braços fortes do namorado, sentindo cada músculo enquanto os dois se perdiam no carinho

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