Desejo

378 23 1
                                    

Estava deitada no sofá, Camila entre as minhas pernas, com a cabeça apoiada no meu peito enquanto assistíamos a um filme de comédia. O som das risadas dela preenchia o ambiente, e mesmo que o filme estivesse ali para entreter, minha atenção estava completamente nela. Cada risada dela fazia meu peito se aquecer de uma maneira indescritível, e eu me perguntava como tive a sorte de ter alguém como ela.

O balde de pipoca estava no meu colo, mas nem lembrava mais que estava ali. Minha mão descansava em sua cintura, os dedos traçando padrões suaves na pele exposta pela camiseta curta que ela usava. Eu podia sentir o corpo dela relaxado contra o meu, e o calor de estar tão perto dela era melhor que qualquer filme.

Ela riu de uma piada na tela e, por um momento, olhou por cima do ombro, pegando-me no exato momento em que eu a estava observando. Nossos olhos se encontraram, e Camila franziu as sobrancelhas de leve, com aquela expressão doce de quem tenta entender o que está acontecendo.

-Tá tudo bem? -ela perguntou, com a voz suave, quase preocupada. -Você não tá gostando do filme? Se quiser, podemos mudar.

Eu ri baixo, balançando a cabeça.

-Não, não é isso. O filme é ótimo, mas... Eu nem tô prestando atenção nele.

Ela se virou um pouco mais, os olhos brilhando de curiosidade.

-Por quê? -perguntou, inclinando a cabeça para o lado.

-Porque estou muito ocupada admirando você. -respondi, sem nem hesitar.

A expressão no rosto dela mudou num segundo, passando de surpresa para um vermelho intenso nas bochechas. Ela mordeu o lábio, tentando segurar um sorriso envergonhado, e eu sabia que a tinha pegado desprevenida.

-Você sempre faz isso -ela murmurou. -eu nunca sei como reagir quando você me elogia.

Eu ri, me inclinando para frente e pressionando meus lábios contra os dela. O beijo começou suave, terno, mas à medida que ela se inclinava mais em minha direção, a intensidade entre nós cresceu. A sensação da boca dela contra a minha, o jeito que os dedos dela apertaram levemente o meu braço, me fazia querer ainda mais.

A mão que estava em sua cintura subiu devagar, traçando o caminho até a curva de suas costelas. Senti ela respirar fundo, seus lábios se movendo com mais urgência contra os meus. Ela se virou completamente, sentando no meu colo, deixando a pipoca de lado e se ajeitando de uma forma que cada uma de suas pernas ficaram ao redor da minha cintura.

Eu gemi baixo, entre nossos beijos, quando as mãos dela se enroscaram no meu cabelo. A intensidade crescia, e o corpo dela pressionado contra o meu acendia um desejo que eu sempre tentava manter sob controle, mas que era difícil de ignorar quando estávamos tão perto assim.

Camila suspirou contra minha boca, o som carregado de desejo. Eu deslizei minhas mãos por suas costas, sentindo a pele quente por debaixo da camiseta, cada toque parecendo eletrificar o ar ao nosso redor. Ela quebrou o beijo por um instante, os olhos dela encontrando os meus com uma intensidade que me fez sentir como se o mundo tivesse parado.

-Lauren... -ela murmurou, a voz rouca e baixa, os lábios a centímetros dos meus.

Eu sabia o que ela estava sentindo, o calor entre nós era quase palpável. Minhas mãos desceram mais, segurando firme na cintura dela, enquanto meus lábios procuravam os dela novamente, desta vez com mais urgência, mais vontade. Camila correspondeu na mesma intensidade, o corpo dela colado ao meu, o toque de sua pele contra a minha me fazendo perder qualquer noção de tempo ou espaço.

Ela se movimentou um pouco, e o modo como seu corpo se encaixava ao meu me deixou sem fôlego fazendo meu pau que já estava duro, se contrair a cada movimento de Camila. Cada toque era um lembrete da química explosiva que tínhamos, e quanto mais tempo passávamos juntos, mais isso se intensificava.

ENTRE A LEI E O CORAÇÃO. -CAMREN G!POnde histórias criam vida. Descubra agora