Mais quinze minutinhos

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Camila.

Acordei com a luz suave do sol filtrando pelas cortinas, o dia já havia amanhecido, e ali estava eu, deitada nos braços de Lauren. O calor do corpo dela era reconfortante, sua respiração lenta e calma indicava que ainda estava dormindo profundamente. Com cuidado, sem querer despertar aquele momento de paz, me estiquei para alcançar meu celular na escrivaninha ao lado da cama.

O peso dos braços de Lauren em volta de mim me impedia de me mexer muito, mas consegui pegar o celular sem fazer barulho. Liguei a tela e vi várias notificações. 18 mensagens não lidas de Dinah. Já dava para imaginar que ela estaria surtando com alguma coisa.

Desbloqueei o celular e comecei a ler as mensagens. Dinah, como sempre, não perdia tempo.

"Você não sabe quem conseguiu meu número."
"Normani!"
"Sim, aquela policialzinha metida."
"Ela me chamou pra sair!"
"O que eu faço?!"
"Por que você ainda não me respondeu?!"

Eu não consegui segurar um sorriso. Olhei para Lauren, que ainda dormia, serena, seus traços suavizados pelo sono. Aproveitei para responder rápido antes que ela acordasse.

"Aceita, Dinah."

Enviei, tentando não rir.

Instantaneamente, as três bolinhas de digitação apareceram na tela. Ela devia estar com o celular na mão há horas, esperando por uma resposta.

"FINALMENTE! Você me responde!"
"Só vou aceitar porque quero ver até onde essa loucura vai."
"E também porque, né, vou fazer a oficialzinha pagar o jantar. Comer de graça não tem preço."

Revirei os olhos, rindo baixinho. Dinah nunca mudava. Tentei não me mexer muito para não acordar Lauren, mas o barulho suave da risada fez ela mexer um pouco, seus braços apertando levemente ao meu redor. Fiquei imóvel, segurando a respiração, torcendo para que ela não acordasse ainda.

"Vou fazer ela comer na minha mão."

Dinah enviou, com aquele tom de provocação que ela sempre tinha quando estava prestes a aprontar.

Revirei os olhos de novo, imaginando a catástrofe que esse encontro poderia ser.

Coloquei o celular de volta na escrivaninha, me ajeitando nos braços de Lauren com a intenção de pegar mais um cochilo. O calor confortável do corpo dela era exatamente o que eu precisava para voltar a relaxar, fechando os olhos e deixando a respiração se acalmar. Mas, antes que pudesse realmente me entregar ao sono novamente, senti Lauren me puxando ainda mais para perto, pressionando nossos corpos de um jeito que me fez sorrir automaticamente.

-Bom dia, acordei -a voz dela saiu rouca, ainda carregada de sono, e o calor que senti entre nós não era apenas o calor do corpo dela.

Dei uma risadinha, virando o rosto para ela e provocando.

-Não foi só você que acordou pelo visto. -disse, me referindo claramente à excitação dela, que estava mais do que evidente pressionando minha bunda.

Lauren soltou uma risada baixa, como se não pudesse negar, e eu me virei de frente para ela, nossos rostos próximos, sentindo o hálito quente do outro tão perto.

-Bom dia — murmurei, deixando que nossos narizes se tocassem antes de selar nossos lábios rapidamente.

Lauren apenas distribuiu um selinho em meus lábios, mas foi o bastante para fazer meu coração disparar. Seus dedos logo se entrelaçaram em minhas mechas de cabelo, mexendo delicadamente, como se me acariciasse com aquele carinho casual que já estava se tornando tão natural entre nós.

-Precisa ir pra delegacia hoje? — perguntei, abrindo os olhos e observando a expressão de dúvida que tomou conta de seu rosto.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos, claramente tentando lembrar qual era o dia da semana e quais eram seus compromissos. Aí eu lembrei.

ENTRE A LEI E O CORAÇÃO. -CAMREN G!POnde histórias criam vida. Descubra agora