Capítulo 15

37 3 0
                                    

(...)

DAISY

Poucos minutos depois, Matt apareceu com as roupas e indagou por que eu ainda estava deitada. Respondi que não tinha energia para sair da cama. Ele, então, me pegou no colo e me conduziu ao banheiro. Enquanto me ajudava durante o banho, ele insistiu em fazer sexo novamente.

"Tenho certeza de que estou toda assada."

Já que, por ser um androide, ele possui um apetite sexual insaciável, e, por isso, estou em uma situação complicada.

Após terminarmos, mal conseguia ficar em pé, e ele teve que me ajudar a tomar banho.

— Preciso de uma semana para me recuperar — eu disse, enquanto começava a vestir a roupa que ele trouxera. — Você me deixou toda assada, droga! — exclamei, irritada, ao notar que ele ainda estava excitado. — Não acredito que você continua assim.

— O bom de ser um androide é que nunca me canso.

— Mas sua mulher é humana — retruquei, e ele me empurrou, fazendo-me deitar na cama, ficando em cima de mim.

— Diga isso novamente — pediu Matt, enquanto eu o observava. — Diga que é minha mulher.

— Sou sua mulher — afirmei, e ele começou a me beijar delicadamente. Abracei seu pescoço e disse: — Matt.

— Vou te dar um descanso por você admitir que é minha mulher — comentou, beijando minha testa antes de se levantar e começar a se vestir. Continuei olhando para ele. — Mas se você continuar me olhando com esses olhos famintos, terei que rasgar sua roupa e te deixar ainda mais assada.

— Tarado — respondi, sentando-me na cama enquanto ele ria. — Hoje, só quero ficar deitada na cama.

— Então seja uma boa menina.

— E se eu decidir ser uma menina má? — indaguei, enquanto ele se aproxima e segura meu queixo.

— Terei que te castigar.

— Que tentador, mas estou com preguiça — falei, voltando a me deitar. — O que faremos agora?

— Sobre o quê?

— Estou grávida e não posso mais voltar para minha casa.

— Não se preocupe, vou te proteger.

— E quem vai te proteger? — perguntei, e ele riu, deitando-se ao meu lado e me abraçando.

— Está com medo de que algo possa me acontecer?

— Tenho medo de que eles te destruam. Nulo mostrou que odeia as máquinas, e os outros devem ser iguais. Além disso, ainda temos seu criador nos procurando. Não quero que nada aconteça com você — falei, apertando-o contra mim.

— Os humanos são estranhos. Algumas horas atrás, você queria que eu estivesse longe, e agora tem medo de me perder.

— Retiro o que disse. Espero que morra — respondi, irritada, tentando me soltar. — Me solte!

— Estou apenas brincando, você é muito brava — disse ele, e eu o olhei. — Você se apaixonou de novo?

— Idiota — murmurei, envergonhada, escondendo meu rosto em seu peito.

— Mas agora é sério. Eu não confio neles.

— Mas é seu povo, e Saramyr é seu irmão.

— Você mesmo disse, Nulo odeia as máquinas, e Saramyr está de olho na minha mulher — falou, e eu olhei para ele.

— Ele só quer nos proteger.

— Para uma delegada, você é ingênua — disse, soltando-me e sentando na cama. — Você acha que ele está te protegendo sem razão? Tudo tem um preço, Daisy.

matt. Amor de androideOnde histórias criam vida. Descubra agora