DAISY
Esse alienígena é insano, acredita que eu vou aceitar tudo isso depois de tudo que ele disse. Não me importa se Liel está vivo ou não, ele agora é Matt, o meu Androide, e nada vai mudar isso.
Matt e minhas amigas estão corretos, não podemos confiar nele e, assim que meu Androide retornar, iremos nos afastar daqui e levarei minhas amigas comigo.
— O mundo está repleto de mulheres, tenho certeza de que você encontrará uma.
— Não é tão simples, Daisy.
— Claro que é. Você é atraente e musculoso, muitas mulheres adoram seu tipo.
— E você gosta?
— Já tenho alguém — eu digo, e ele ri.
— O androide. Sério?
— Eu amo o Matt.
— Ele é uma máquina, Daisy.
— Não me importa. Ele é mais humano do que você — eu digo, com raiva — acha que vindo ao meu planeta pode pegar o que quiser? Não é assim, meu amigo, você está no lugar errado.
— Eu sei que será um pouco complicado, mas logo você perceberá que amar uma máquina só trará problemas.
— Então é assim, você vê uma mulher e pensa que pode conquistá-la?
— Não sou do tipo que força uma mulher.
— Então, por que, droga!
— Não estou te forçando a nada, Daisy — ele diz, tocando meu rosto — lá, no fundo, você sabe que vocês nunca vão dar certo — fala, e eu desvio o olhar — você amaria meu irmão se ele estivesse vivo?
— Talvez!
— Pela lei do seu país, você estaria em sérios problemas se tivesse um romance com um adolescente.
— Sério que essa é a sua estratégia? — eu digo, rindo — quantos anos seu irmão teria se estivesse vivo?
— 17 anos.
— Nunca pensei em namorar alguém mais novo. Tudo é possível, não é?
— Então você seria presa.
— Eu conheço a lei. E se fosse meu destino amar seu irmão, eu o amaria com todas as minhas forças. Espera! Eu o amo, porque para mim Liel está aqui — eu digo, levando a mão ao meu peito — usar seu irmão para tentar me fazer mudar de ideia não vai funcionar.
— O tempo dirá — ele diz, beijando meu rosto.
— Você acha certo o que está fazendo? Se seu irmão estivesse vivo, você ainda me desejaria?
— Sim. Porque ele não se interessaria por você.
— Por que tanta certeza?
— Digamos que você não é o tipo dele.
— Se você diz — eu digo, sentando na cama — é uma pena, eu poderia ter ensinado tantas coisas a ele — o provocando ao passar a mão nas minhas coxas, e ele fica rígido — enfim. Isso não muda nada, eu ainda vou continuar amando o Matt — eu digo, sorrindo.
— Veremos — ele fala, começa a andar e sai do quarto.
— Idiota — eu digo, deitando-me para trás.
(...)
Matt
Não gosto desses homens e não me sinto confortável com minha mulher sob o mesmo teto que eles. Saramyr a deseja, e não vou permitir que isso aconteça, nem que eu tenha que matá-lo.
Fui à cidade porque eles só têm porcarias como alimento e Daisy precisa de uma dieta saudável para que nosso bebê nasça forte e saudável. Ao chegar à cidade, vou ao mercado e começo a comprar tudo o que ela vai precisar. Algum tempo depois, pago as compras e saio do mercado.
Quando chego à fazenda, levo as sacolas para dentro, deixo-as na cozinha e vou ao quarto. Ao entrar, vejo Daisy deitada na cama; então, ela se levanta, vem até mim e me abraça.
— O que aconteceu?
— Você tem razão, Saramyr me quer — ela responde, e eu fico furioso.
— Ele tocou em você?
— Não. Mas falou um monte de besteiras.
— Quero saber de tudo — eu digo, e ela começa a me contar, e a cada palavra, minha raiva aumenta.
— Tenho medo de que ele te destrua — Daisy diz, desesperada, e eu a abraço.
— Fique calma. Ele não vai conseguir o que quer — eu digo, e ela olha para cima — Iremos embora hoje.
— Minhas amigas não podem ficar aqui.
— Elas irão conosco.
— Eles não vão nos deixar ir.
— Então eu irei matar todos — eu digo, segurando o rosto dela — posso não ser humano, mas você é minha vida.
— Estou com medo, Matt.
— Não tenha. Porque não vou permitir que ninguém faça mal a você e ao nosso filho.
— Eu confio em você — ela fala, me abraçando forte.
— Posso não lembrar do meu passado, mas sei meus gostos e tenho certeza de que não mudaram. Você seria minha de qualquer jeito — eu digo, e ela me olha — venha comigo.
— Aonde?
— Apenas venha — eu digo, soltando-a, e saímos do quarto. Em alguns segundos, entramos na sala — vocês três, vamos embora — eu digo, e as amigas de Daisy vêm até nós.
— Acha que vai conseguir protegê-la sozinho? — Saramyr pergunta ao se colocar à nossa frente.
— Você não sabe do que sou capaz. Então, saia da minha frente, e não irei repetir — eu digo seriamente, e os outros homens se colocam ao lado dele — acham que podem comigo? Vocês são de carne.
— Estamos em maior número, lata velha — diz um dos homens, e eu dou risadas.
— Eu até poderia deixá-los vivos, mas não irei, porque seu amigo teve a audácia de querer a minha mulher, e isso é imperdoável.
— Você é um ser profano, sem sentimentos, e nem deveria estar vivo.
— Desculpe por ter o coração do Liel batendo no meu peito — eu provoquei, e ele fica furioso.
— Nos deixe ir, Saramyr — Daisy fala, apertando minha mão — eu amo o Matt, e isso não vai mudar nada.
— Você está cometendo um erro, Daisy.
— Ela não está. Agora saia da nossa frente.
— Ele vai pegar vocês, Liel.
— Agora sou Liel. Você não disse a Daisy que seu irmãozinho está morto? — eu falo, e ele fica paralisado — não sou seu irmão. Ele está morto.
— Agora você vê, Saramyr — Nulo diz, com raiva — esse não é seu irmão. Essa coisa tem que ser destruída, e a aberração que essa mulher carrega no ventre dela tem que morrer.
— Só tente para ver o que irei fazer com você — eu digo, cheio de raiva.
— Ninguém vai matar ninguém — Malu fala, posicionando-se à nossa frente — pelo amor de Deus, vocês são adultos, e estão agindo como adolescentes. Daisy já deixou claro que ama o Matt. Entendo que minha amiga é atraente e arrasa corações, até fico feliz que ela finalmente encontrou alguém que a faz feliz.
— Desnecessário, Malu — Daisy diz.
— Mas esse comportamento é ridículo. Então, vamos respeitar a decisão dela e seguir em frente.
— Malu tem razão. Não importa o que você faça, Daisy vai continuar amando o Matt — Renata diz, entrando à nossa frente — e outra, se seu amigo tentar machucá-la, vou ligar para o meu tio, ele é pai de santo dos bons.
— Então desista, grandão — Geovana diz, posicionando-se ao lado de Renata.
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matt. Amor de androide
Science FictionNa companhia das minhas amigas, enquanto tomávamos algo, questionaram-me sobre como seria o meu Android. Para encerrar o assunto, mencionei que pensava ser apenas uma conversa entre amigas e que minhas palavras jamais se tornariam realidade. No dia...