Capítulo 16

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DAISY

Esse alienígena é insano, acredita que eu vou aceitar tudo isso depois de tudo que ele disse. Não me importa se Liel está vivo ou não, ele agora é Matt, o meu Androide, e nada vai mudar isso.

Matt e minhas amigas estão corretos, não podemos confiar nele e, assim que meu Androide retornar, iremos nos afastar daqui e levarei minhas amigas comigo.

— O mundo está repleto de mulheres, tenho certeza de que você encontrará uma.

— Não é tão simples, Daisy.

— Claro que é. Você é atraente e musculoso, muitas mulheres adoram seu tipo.

— E você gosta?

— Já tenho alguém — eu digo, e ele ri.

— O androide. Sério?

— Eu amo o Matt.

— Ele é uma máquina, Daisy.

— Não me importa. Ele é mais humano do que você — eu digo, com raiva — acha que vindo ao meu planeta pode pegar o que quiser? Não é assim, meu amigo, você está no lugar errado.

— Eu sei que será um pouco complicado, mas logo você perceberá que amar uma máquina só trará problemas.

— Então é assim, você vê uma mulher e pensa que pode conquistá-la?

— Não sou do tipo que força uma mulher.

— Então, por que, droga!

— Não estou te forçando a nada, Daisy — ele diz, tocando meu rosto — lá, no fundo, você sabe que vocês nunca vão dar certo — fala, e eu desvio o olhar — você amaria meu irmão se ele estivesse vivo?

— Talvez!

— Pela lei do seu país, você estaria em sérios problemas se tivesse um romance com um adolescente.

— Sério que essa é a sua estratégia? — eu digo, rindo — quantos anos seu irmão teria se estivesse vivo?

— 17 anos.

— Nunca pensei em namorar alguém mais novo. Tudo é possível, não é?

— Então você seria presa.

— Eu conheço a lei. E se fosse meu destino amar seu irmão, eu o amaria com todas as minhas forças. Espera! Eu o amo, porque para mim Liel está aqui — eu digo, levando a mão ao meu peito — usar seu irmão para tentar me fazer mudar de ideia não vai funcionar.

— O tempo dirá — ele diz, beijando meu rosto.

— Você acha certo o que está fazendo? Se seu irmão estivesse vivo, você ainda me desejaria?

— Sim. Porque ele não se interessaria por você.

— Por que tanta certeza?

— Digamos que você não é o tipo dele.

— Se você diz — eu digo, sentando na cama — é uma pena, eu poderia ter ensinado tantas coisas a ele — o provocando ao passar a mão nas minhas coxas, e ele fica rígido — enfim. Isso não muda nada, eu ainda vou continuar amando o Matt — eu digo, sorrindo.

— Veremos — ele fala, começa a andar e sai do quarto.

— Idiota — eu digo, deitando-me para trás.

(...)

Matt

Não gosto desses homens e não me sinto confortável com minha mulher sob o mesmo teto que eles. Saramyr a deseja, e não vou permitir que isso aconteça, nem que eu tenha que matá-lo.

Fui à cidade porque eles só têm porcarias como alimento e Daisy precisa de uma dieta saudável para que nosso bebê nasça forte e saudável. Ao chegar à cidade, vou ao mercado e começo a comprar tudo o que ela vai precisar. Algum tempo depois, pago as compras e saio do mercado.

Quando chego à fazenda, levo as sacolas para dentro, deixo-as na cozinha e vou ao quarto. Ao entrar, vejo Daisy deitada na cama; então, ela se levanta, vem até mim e me abraça.

— O que aconteceu?

— Você tem razão, Saramyr me quer — ela responde, e eu fico furioso.

— Ele tocou em você?

— Não. Mas falou um monte de besteiras.

— Quero saber de tudo — eu digo, e ela começa a me contar, e a cada palavra, minha raiva aumenta.

— Tenho medo de que ele te destrua — Daisy diz, desesperada, e eu a abraço.

— Fique calma. Ele não vai conseguir o que quer — eu digo, e ela olha para cima — Iremos embora hoje.

— Minhas amigas não podem ficar aqui.

— Elas irão conosco.

— Eles não vão nos deixar ir.

— Então eu irei matar todos — eu digo, segurando o rosto dela — posso não ser humano, mas você é minha vida.

— Estou com medo, Matt.

— Não tenha. Porque não vou permitir que ninguém faça mal a você e ao nosso filho.

— Eu confio em você — ela fala, me abraçando forte.

— Posso não lembrar do meu passado, mas sei meus gostos e tenho certeza de que não mudaram. Você seria minha de qualquer jeito — eu digo, e ela me olha — venha comigo.

— Aonde?

— Apenas venha — eu digo, soltando-a, e saímos do quarto. Em alguns segundos, entramos na sala — vocês três, vamos embora — eu digo, e as amigas de Daisy vêm até nós.

— Acha que vai conseguir protegê-la sozinho? — Saramyr pergunta ao se colocar à nossa frente.

— Você não sabe do que sou capaz. Então, saia da minha frente, e não irei repetir — eu digo seriamente, e os outros homens se colocam ao lado dele — acham que podem comigo? Vocês são de carne.

— Estamos em maior número, lata velha — diz um dos homens, e eu dou risadas.

— Eu até poderia deixá-los vivos, mas não irei, porque seu amigo teve a audácia de querer a minha mulher, e isso é imperdoável.

— Você é um ser profano, sem sentimentos, e nem deveria estar vivo.

— Desculpe por ter o coração do Liel batendo no meu peito — eu provoquei, e ele fica furioso.

— Nos deixe ir, Saramyr — Daisy fala, apertando minha mão — eu amo o Matt, e isso não vai mudar nada.

— Você está cometendo um erro, Daisy.

— Ela não está. Agora saia da nossa frente.

— Ele vai pegar vocês, Liel.

— Agora sou Liel. Você não disse a Daisy que seu irmãozinho está morto? — eu falo, e ele fica paralisado — não sou seu irmão. Ele está morto.

— Agora você vê, Saramyr — Nulo diz, com raiva — esse não é seu irmão. Essa coisa tem que ser destruída, e a aberração que essa mulher carrega no ventre dela tem que morrer.

— Só tente para ver o que irei fazer com você — eu digo, cheio de raiva.

— Ninguém vai matar ninguém — Malu fala, posicionando-se à nossa frente — pelo amor de Deus, vocês são adultos, e estão agindo como adolescentes. Daisy já deixou claro que ama o Matt. Entendo que minha amiga é atraente e arrasa corações, até fico feliz que ela finalmente encontrou alguém que a faz feliz.

— Desnecessário, Malu — Daisy diz.

— Mas esse comportamento é ridículo. Então, vamos respeitar a decisão dela e seguir em frente.

— Malu tem razão. Não importa o que você faça, Daisy vai continuar amando o Matt — Renata diz, entrando à nossa frente — e outra, se seu amigo tentar machucá-la, vou ligar para o meu tio, ele é pai de santo dos bons.

— Então desista, grandão — Geovana diz, posicionando-se ao lado de Renata.

matt. Amor de androideOnde histórias criam vida. Descubra agora