Capítulo 6

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DAISY

Isso é verdadeiramente impressionante. Uma máquina está me beijando e estou permitindo isso? Minhas amigas afirmaram que ele foi projetado para satisfazer seus donos, mas eu não imaginava que também pudesse beijar. Ele é dominante e, de maneira ousada, ordena que eu diga que não irei sair para beber com elas. O beijo dele é profundo e selvagem, e não consigo entender como consigo acompanhá-lo. Eu deveria estar afastando-o e deixando claro que quem detém o controle sou eu, mas meu corpo simplesmente não obedece, talvez por conta dos sonhos eróticos e dessa estranha atração que venho ignorando. Fico surpresa ao sentir a mão dele em minha intimidade e solto um gemido entre os beijos ao sentir suas carícias.

 — Por alguém que abomina máquinas sem coração, você está completamente envolvida por mim — diz Matt ao interromper o beijo — como é sentir os dedos de uma máquina dentro de você? — ele questiona, e eu gemo ao sentir seus dedos penetrando.

— Maldição! — murmurei enquanto sento os dedos dele entrando e saindo de mim. — Você não tem o direito de agir assim, sou eu quem decide aqui.

— Não percebe que suas ordens não me afetam, humana? — digo, encarando-o. 

— Está buscando vingança pelo fato de eu rejeitar os robôs? Nutre ressentimento por mim, por que não se afasta? — pergunto, segurando seu braço.

— Não consigo sentir ódio, pois sou uma máquina sem emoções — responde, olhando para mim enquanto me beija novamente — Ainda quer sair para beber com suas amigas?

— Tenho total liberdade para agir conforme minha vontade — afirmo com firmeza.

— Não percebeu até agora que sou eu quem comanda nesta situação — solto um sorriso.

— Uma máquina tentando me controlar. Que piada absurda — declaro com um riso irônico, enquanto ele retira os dedos de mim.

— Não me agrada ser desafiado — ele diz enquanto se afasta e desce minha calcinha — vamos ver até onde você consegue resistir. Quero ouvir você implorar.

— Qual é a sua intenção? — questiono enquanto o observo levantar minhas pernas — droga — reclamo ao sentir sua língua explorando minha intimidade.

DAISY

Estou lutando contra uma batalha interna em relação aos meus sentimentos por este ser artificial, negando as sensações que ele provoca em mim, deixando-me excitada e molhada todas as noites. Agora, com sua língua explorando meu corpo, mesmo tentando resistir, não consigo detê-lo. É difícil manter o controle com suas carícias, e tudo que consigo fazer é gemer.

— Estou esperando ansiosamente que peça para eu parar, — comenta Matt enquanto explora novamente minha intimidade e, por impulso, agarro seu cabelo.

— Eu farei — disse, endireitando as costas e soltando um gemido alto ao atingir o clímax — Por favor! Preciso sentir você dentro de mim — sussurrei, ofegante.

 — Você deseja fazer amor com um robô, querida humana — diz Matt ao tirar a camisa, me observando - Ajoelhe-se — ordena, enquanto o encaro, obedeço prontamente e me ajoelho diante dele, que começa a desabotoar a calça. Em instantes, abaixa as calças e seu membro surge, imponente. Fico boquiaberta ao ver o quão avantajado é. — Seja uma boa garota e faça o que te peço — ele ordena, segurando meus cabelos. Com certo esforço, seguro seu membro com a mão e o levo à minha boca, enfrentando a dificuldade devido ao seu tamanho. Começo a movimentar para frente e para trás, ouvindo os gemidos de prazer de Matt.

 — Ele está murmurando. O que será que está acontecendo? — refleti.

— Mais rápido — solicita, acelerando o ritmo — para alguém que tem aversão aos Androides, você está fazendo um sexo oral muito agradável em um — me provoca, e eu fecho os olhos com intensidade — já está bom — diz, e afasto minha boca para encará-lo — agora, adote a posição de quatro para mim — ordena, e me viro, seguindo suas instruções.

— Espera. Você está indo muito forte — tento protestar, mas o desejo fala mais alto. As estocadas incessantes continuam me levando ao ápice do prazer, ignorando qualquer pedido de calma.

 — Você desejou fazer amor comigo. É exatamente isso que estou realizando — diz, deito a cabeça no travesseiro — Quero ouvir você suspirar o meu nome — afirma, agarrando meus cabelos e puxando-os para trás, fazendo com que eu erga a cabeça.

— Matt — soltei seu nome e recebi um tapa nas minhas nádegas que me fez gritar — não pare.

— Não vou parar até você implorar para interromper — pronuncia, e me atinge com mais um tapa.

(...)

DAISY

Jamais passei mais de sessenta minutos envolvida em atividades sexuais e também nunca vivenciei algo tão intenso. Matt está superando todas as expectativas, ele é tão apaixonado que mal consigo imaginar como será me movimentar amanhã. E para um ser robótico, ele é excelente na cama e parece ter uma vasta experiência. Por que não nos envolvemos nisso antes?

Meu ambiente de descanso está desorganizado, dando a impressão de que houve um tumulto no local; inclusive, meu guarda-roupa se tornou alvo da situação, todos os objetos que estavam sobre ele caíram ao chão quando Matt me incumbiu de me sentar ali.

— Entre em contato com sua amiga e informe-a que não poderá mais comparecer — disse Matt enquanto eu abria os olhos.

— Neste momento? — questiono enquanto ele me entrega o celular — então pare — declaro e, em vez de parar, ele acelera, e eu seguro firmemente em seu pescoço — merda.

— Entre em contato com ela — sussurra ao meu ouvido, e acesso minha lista de contatos, discando o telefone dela.

— Já estamos no bar, Daisy — Malu diz.

— Peço desculpas, mas não estou me sentindo muito bem — digo com dificuldade.

— Tudo bem? Sua voz soa diferente.

— Estou apenas buscando descansar por um tempo.

— Caso deseje, poderíamos ir até a sua residência para cuidar de você.

— Não precisa se preocupar. O Luffy vai ficar de olho em mim, — digo enquanto mordo os lábios para conter um gemido, — amanhã eu entro em contato com você, adeus — não espero por uma resposta e encerro a chamada— está satisfeito?

— Estou — ele responde e dá um tapa no meu bumbum, fazendo-me soltar um gemido alto.

— É inacreditável estar conversando com minha colega enquanto me fode — digo, envolvendo meu braço em torno de seu pescoço — malvado!

— Caso não desobedeça às minhas ordens, não agirei com maldade em relação a você — diz, enquanto me envolve em beijos intensos até que alcancei o orgasmo em poucos segundos.

— Estou exausta — digo ao perceber o peso do meu corpo, em seguida, Matt aperta minhas nádegas e nos leva para a cama, nos deitando nela — Você vai permanecer dentro de mim?

— Não estou com vontade de sair agora — diz enquanto me abraça.

— Quero dormir — falo antes de fechar os olhos e adormecer rapidamente.

matt. Amor de androideOnde histórias criam vida. Descubra agora