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" Héctor Fort "



O treino foi realmente cansativo. Percebi o jeito que Ferran me ignorava na maioria das vezes que tentava falar com ele, confesso que fiquei incomodado.

Sento no banco perto do técnico, pego a garrafa de água e a aperto, jogando água em meu corpo.

— Treino cansativo — Falo, o técnico me olha e ri.

— Você é um bom menino, Hector — Diz.
Seu semblante apresenta com sorriso satisfeito — Inclusive, ótimos resultados.

— Obrigado — Sorrio.

Flick coça sua nuca com um sorriso maroto, então olha em minha direção.

— Alguém especial?

— H-Hm? — Gaguejo.

Lembro de Maria Carolina, sem perceber aperto minha mão contra o estofado da cadeira, fechando o olho levemente.

O técnico da uma leve apertada em meu ombro, entendendo meu estado.

— Oh menino, isso é só o início — Da um risada nasal — Vai acontecer várias e várias vezes.

— Eu odeio mulheres — Mordo meu lábio inferior, com raiva de mim mesmo, porém junto de Maria Carolina, por ter sumido.

— Não odeia não — Flick pisca para minha — Nós amamos ela, uma coisa em especial.

Não posso deixar de rir com sua piada, coloco a mão na cara.

— A sua esposa era assim? — Pergunto.

— Ah mas se era — Ri — Um terror.

Também rio, olhando para ele.

— Todas são assim, Hector, você só pega o jeito com o tempo.

Fecho o olho, reclamando em voz baixa.

Mas fala sério, mulheres são difíceis demais para lidar.

Toda hora mudam a opinião, ainda mais na tpm, nem chocolate funciona.

— Vai pra casa, vai — Recebo um empurrão.

Me levanto da cadeira, dou um leve aceno para o técnico antes de ir em direção a saída.

Pego meu celular e penso em ligar para Maria, mas obviamente seria mancada...

Aparecer na casa dela sem avisar...

também.

Quem sabe eu deva perguntar para alguém.

...

Indo em direção ao estacionamento dou de cara com Gavi, que sorri levemente para mim.

— Eai, Gavi — Dou um aperto de mão.

Com a lesão de Gavira quase ao fim, ele estava aparecendo aos treinos, porém ainda não estava em condição de jogar.

— Indo onde? — Pergunta bagunçando meus cabelos.

— Eu ia para casa — Tento tirar sua mão, porém não deixo escapar uma risada.

Ele me olha torto.

— Casa, Fort? — Revira os olhos — Vai pra uma festa, isso sim.

— Lá vem, sempre me levando pro mal caminho.

Gavira ri, então ajeita o casaco que se apoiava em seu ombro.

— Vai vir ou não, pirralho? — inclina a cabeça em minha direção.

Confirmo com a cabeça, um sorriso ainda está estampando minha cara.

— Falando o mais Velho — Quando falo, vejo um tapa se direcionando minha cara.

Coloco a mão no local do tapa e dou uma leve
risada.

Pablo levanta a mão e mexe as chaves do carro.

— A Ana deixa? — Pergunto, então cruzo os braços.

— Não basta as adolescentes militantes, agora
você? — Bufa, colocando as mãos nos bolsos.

— Mas é sério, Gavi — Olho para ele — Ela deixa mesmo?

— Ela não precisa opinar — Sua expressão está levemente fechada enquanto me responde, como se fosse contra sua vontade.

Franzo a testa confuso.

Não faz muito tempo que aparentava estar tudo certo com eles, é tipo com a Carolina.

Mas nesse caso eu errei...

— Vocês brigaram? — Cruzo os braços entrando no carro.

Com cuidado fecho a porta do banco de trás, vejo que o Uber está confuso vendo nossa presença, porém até agora não falou nada.

— Não foi uma briga — Fecha o olho — Só nos desentendemos, mulheres são difíceis.

Concordo com a cabeça. Escoro minha cabeça na lateral da janela, passando a mão pelos pelos que cresciam na minha pele.

— Cara, você não tem barba — Gavira ri, olhando para mim.

— Vai se fuder.

Me aproximo com a mão no queixo.

— Se não é barba, é oque, hein? — Reviro os olhos, porém um tom de brincadeira.

— Tudo no mundo, menos barba.

Só porque não postei um mês KKKKKKnão se acostumem com essa folga aí

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Só porque não postei um mês KKKKKK
não se acostumem com essa folga aí.

𝘢 R𝘪𝘷𝘢𝘭 - hector fort Onde histórias criam vida. Descubra agora