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CHRISTOPHER UCKERMANN

Nunca usei drogas, mas sentir Dulce Maria gozar na minha boca enquanto esfrega a boceta na minha cara com tanto desespero me faz entender por que as pessoas perdem o controle.

Seria fácil me viciar no gosto dela.

Fácil pra caralho.

Ignoro os sinais de alerta que meu cérebro não para de enviar sobre isso ser um grande erro. Ignoro o fato de estar quebrando a regra de nunca agir por impulso. Ignoro todas as razões racionais para me manter longe da garota.

Tudo o que importa é o tesão desgraçado que a infeliz desperta em mim.

Os gemidos lamuriosos me deixam ainda mais duro e, ao invés de dar tempo para ela se recuperar do orgasmo, espalmo a mão na barriga lisa e a empurro para baixo, de volta ao sofá, enfiando a língua na entrada melada e aumentando a força da sucção.

- Espera! - Ofega, tentando se afastar, mas eu não permito, desferindo um tapa em sua bunda.

- Quieta!

- Estou muito sensível - murmura, ofegante.

Sorrio contra suas dobras e junto as pernas de Dulce, forçando seus joelhos em direção ao peito. Assim, ela fica mais apertada. Pincelo a língua no clitóris e enfio dois dedos no canal escorregadio.

- Porra! - grita, elevando os quadris outra vez, o corpo sendo sacudido por tremores violentos.

Os gritos ganham volume e os espasmos, intensidade quando prendo o clitóris entre os dentes e curvo o dedo indicador e o médio dentro dela, levando-a ao segundo orgasmo consecutivo.

Seu sabor se torna mais salgado, e eu engulo tudo, sentindo o pau doer de necessidade. Dou uma última lambida antes de erguer o tronco, tirar a camisa e abrir a calça, descendo-a junto com a cueca.

O móvel tem a altura perfeita para que eu a foda ajoelhado.

Vê-la com a pele brilhando de suor, toda trêmula e com as íris castanhas dopadas de prazer, acaba com qualquer controle que ainda resta em mim e, dominado pelo tesão, eu me enterro por completo nela, atordoado com o aperto e o calor descomunais.

- Christopher! - Arregala os olhos, erguendo o pescoço e fincando as unhas nos meus braços. - Cadê a merda da camisinha?

Agarro a cintura, com dificuldade de raciocinar.

- Você toma anticoncepcional?

- Uso DIU, mas gravidez não é a única consequência do sexo desprotegido!

- Nunca colocaria sua saúde em risco, Dulce Maria. Quando comentou sobre os exames, fiquei preocupado e fiz também. Está tudo certo comigo - esclareço, arrastando as mãos por suas coxas. - Não tenho preservativo, mas se não se sentir segura em continuar, posso sair para comprar.

Vejo a dúvida estampada no rosto bonito e, embora esteja adorando a sensação de pele na pele, começo a me retirar, torcendo para encontrar um pacote perdido de Poncho por aqui, mas antes que eu saia por completo, as pernas de Dulce circulam meus quadris para interromper o movimento.

- Não aguento esperar. Cumpre sua promessa e me fode com força - pede com a voz rouca, fazendo com que um arrepio suba por minha coluna.

Essa filha da puta não faz a menor ideia do monstro que está despertando.

Abro um sorriso de lado e subo a mão para o seu pescoço, fechando os dedos ao redor dele e impulsionando o quadril para frente.

Ela ofega. Eu gemo.

Acordo de desafetosOnde histórias criam vida. Descubra agora