O suor escorria pela testa do esverdeado, que tinha seus fios grudados na pele enquanto jogava a cabeça para trás, gemendo alto, sentindo os beijos quentes descerem pelo seu corpo e a língua áspera percorrer sua barriga até seu baixo ventre. Ardia, mas era bom. Ele não conseguia mover seu corpo, nem mesmo um único dedo. Sua respiração estava desregulada e ele mordia o lábio com força para evitar emitir sons impróprios.
Izuku não sabia o que raios estava acontecendo, mas já faziam três dias que, durante essas noites, antes de dormir, alguma coisa lhe paralisava e seu corpo entrava em chamas.
Da primeira vez, foi como se estivesse entrando em combustão; seu pequeno corpo esquentava a cada carícia, porém ele ficava lá, congelado, sem entender por que sua mente parecia uma completa bagunça e seu pobre coração batia tão rápido.
Se sentiu absurdamente vulnerável, completamente exposto àquilo que não compreendia. Não sabia como reagir aos atos libidinosos, apenas aceitava o que ocorria.
Todas as vezes, tentava abrir os olhos para ver quem ou o que lhe causava tamanha sensação invasiva, desconcertante e lhe deixava atordoado. Não contou a ninguém, ficou remoendo aquilo consigo mesmo, por que claro, quem acreditaria se contasse que todas as noites era molestado por um ser desconhecido? Com toda certeza chamariam-lhe de maluco e internariam-lhe em um hospício. Não tinha a menor coragem de falar para sua mãe, pois seria algo muito constrangedor, era a mesma coisa de falar sobre sexo com a sua genitora.
É, certamente, não contaria, preferia guardar para si mesmo e acreditar que aquilo eram apenas pesadelos resultantes de muito estresse.
Algo ou alguém o tocava e ele não conseguia pedir para parar, porque ele mesmo não queria parar.
Mesmo tendo passado poucos dias, passou a gostar de receber tal demonstração de carinho, mesmo que não soubesse de quem ou de quê. Estava pouco se lixando, o que importava era que estava recebendo atos que há muito tempo não sabia o que era ou no mínimo nunca recebera.
Ele gemeu baixinho quando a mão fria escorregou pelas suas coxas nuas e, com as unhas afiadas e compridas, arranhou a pele leitosa.
A língua quente desceu pela virilha do esverdeado, deixando uma trilha de saliva pelo local que, de certa forma, queimava.
— P… para! — Pela primeira vez, o esverdeado conseguiu sussurrar uma única palavra.
Uma risada macabra e sombria ecoou pelo local e os pelinhos de seu corpo se arrepiaram, seu corpo estremeceu. O menor fechou os olhos com força quando a pessoa que estava sobre si se encaixou entre suas pernas, ficando cara a cara consigo. O hálito quente bateu contra sua bochecha. Era uma presença grande e esmagadora.
— Abra os olhos, docinho — O sussurro ecoou pelos seus ouvidos como um sino, e sem vontade, ele abriu os olhos, vendo a criatura em cima de si.
A pele bronzeada, olhos vermelhos e vibrantes que parecia sangue e ódio misturados, língua afiada passando pelos lábios, um sorriso de canto, quase cruel, e os cabelos tão claros e repicados como a luz do sol. — Bom garoto...
Izuku sentou-se de uma vez na cama, ofegante, e olhou para todos os lados, assustado, vendo o quarto completamente vazio e sem qualquer sinal de que outra pessoa além dele estivesse ali.
Ele, então, abaixou o olhar para seu corpo que ainda estava vestido e coberto parcialmente pelo edredom.
O garoto passou as mãos pelo rosto, regulando a respiração, e olhou para o relógio na escrivaninha ao lado da cama, que marcava 07:20 da manhã.
Ele respirou fundo mais uma vez e jogou a coberta para longe, levantando-se preguiçosamente e caminhando para o banheiro.
Retirou a própria roupa e, quando se virou, foi como se sua alma tivesse saído de seu corpo. Arregalou os olhos ao dar de cara com uma marca roxa na sua coxa e várias marquinhas no seu ventre.
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Passion Demon
RomansaSinopse [💞]: Um demônio... Um contrato... O que você faria se um demônio sexual aparecesse todas as noites em seu quarto para usar seu corpo das formas mais promíscuas possíveis? Izuku Midoriya é um universitário tímido e muito religioso. Todas as...