Chapter Four

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Izuku tirou do bolso uma cópia da chave que sua mãe tinha lhe dado. Retornou cansado de mais um dia de trabalho como entregador e da faculdade. Girou a chave e empurrou a porta, dando graças a Deus por finalmente estar em casa. Só queria tirar os sapatos e se jogar em sua cama, era pedir muito algumas horinhas de descanso?

Ao fechar a porta, notou que as luzes estavam todas apagadas. Fez uma pausa na entrada, franzindo o cenho enquanto olhava em volta.

— Mãe, cheguei! — ele chamou, esperando ouvir a voz dela de volta, mas nada veio. Nenhum som.

— Mãe? — chamou mais uma vez e então lembrou que ela provavelmente estaria fazendo turno extra na clínica e deve ter esquecido o celular.

Em seu estado de exaustão, nem ligou muito. Arrastou os pés até a cozinha na esperança de ter algo para saciar sua fome. Quando chegou lá foi bombardeado pelo cheiro da comida que sua mãe havia preparado mais cedo, mas a cozinha estava uma completa desordem: panelas sujas empilhadas e restos de ingredientes pela bancada. Suspirou. Teria que arrumar tudo depois.

O trabalho lhe consumia toda a energia, e ter que arrumar a casa inteira por causa da bagunça de sua mãe não estava em seus planos do dia. Para sua sorte, ultimamente, ele não tinha visto Monoma, e isso, de certa forma, lhe deixou bem aliviado, mas ao mesmo tempo preocupado e desesperado, temendo que o garoto tentasse fazer algo pior consigo.

O esverdeado se sentou na cama, olhando os vários papéis amarelados e amassados que segurava nas mãos: contas, muitas contas. Eles estavam espalhados pela cama, misturados em um emaranhado de dívidas. Sua mãe estava em uma situação crítica, as contas de luz e água se acumulavam. Já deviam meses de pagamentos e a situação não mudava, mesmo que o orçamento na clínica estivesse aumentando, parecia que a cada mês que se passava, isso só piorava, e o trabalho de Izuku não estava ajudando muito.

Ele já pensou em largar a faculdade e focar apenas no trabalho, mas agora ele tinha outra opção. Estava meio receoso em usar isso, mas ele não tinha escolha.

— Katsuki... — Izuku murmurou, apertando os dedos sobre o colo e mordendo o lábio, mas ele não apareceu.

O esverdeado suspirou, frustrado, e jogou a pilha de papéis no chão, deitando-se sobre a cama, fechando os olhos e não demorando a cair no sono. Se Katsuki não iria até ele por vontade própria, Izuku teria que apelar.

[...]

A língua quente deslizou pelo pescoço sardento enquanto a mão fervente deslizava por baixo da blusa larga, sentindo a pele macia sob seus dedos. Izuku gemeu e apertou as mãos com força, se contorcendo sobre a cama. Quando abriu os olhos, viu Katsuki em cima de si. Seus lábios ainda portavam o sorriso malicioso e o olhar que parecia devorá-lo.

— Me chamou? — o demônio sussurrou rente aos lábios do esverdeado, o qual arfou quando as unhas do loiro arranharam sua pele levemente, fazendo-o arrepiar inteiro. — O que o meu bebê quer?

— H-Hm... — Izuku gemeu manhoso quando os lábios do loiro desceram para seu pescoço e começaram a deixar marcas. Marcas que ficariam ali depois, como uma lembrança do que aconteceria ali. — E-Eu q-quero...

— Me diz, me diz o que o meu amor quer. — Izuku jogou a cabeça para trás, dando mais acesso ao seu pescoço, as lambidas e chupões ficaram mais constantes, as marcas começaram a florescer e a pele de Izuku parecia estar entrando em chamas.

— K-Kats! — O esverdeado gemeu alto quando teve sua camisa rasgada e seus mamilos abocanhados pela boca quente enquanto as mãos do loiro deslizavam por seu corpo até o meio de suas pernas, onde apertaram seu membro por cima da cueca.

O garoto sentia o êxtase tomando conta de si, e aquela sensação tão boa parecia nunca ter fim. Ele gostava, não sabia por que, mas amava.

O demônio se afastou, lambendo os lábios e sorrindo de canto, olhando o garoto respirar ofegante e com tesão, apenas com esses toques simples. O poder que ele tinha de controlar as pessoas naqueles momentos era algo inigualável.

Os cabelos loiros caindo sobre a testa, enquanto os olhos brilhavam em vermelho vivo, o rosto torcido em luxúria e a língua afiada passando entre os lábios avermelhados. Sua vontade era de dilacerar completamente a carne daquele humano, abrir as pernas dele e se enterrar naquela entrada virgem até sair sangue.

— Mal comecei e já está assim? — o demônio falou divertindo-se, descendo o olhar pelo corpo acurvilhado do rapaz.

O rosto corado, os lábios avermelhados e cheios, a cintura curva, o quadril largo que mal era coberto pela blusa agora rasgada, as pernas torneadas e o membro semi-desperto por baixo do tecido da cueca escura.

— E-Eu preciso d-da sua ajuda... — Izuku murmurou, ainda meio desnorteado e mal mantendo os olhos abertos, seu peito subia e descia, e as marcas em seu pescoço coçavam.

— O que você quiser, mas antes eu quero ouvir você gemendo, amor — Katsuki sussurrou.

O esverdeado gritou quando Katsuki enfiou a mão dentro da cueca e apertou a cabeça de seu pau com força antes de masturbá-lo. Os lábios do demônio tomaram a boca de Izuku em um beijo selvagem, fazendo o esverdeado engolir seus próprios gemidos. 

Izuku rodeou os braços moles em volta do pescoço do loiro e arranhou a nuca do demônio, que o masturbava com maestria e pressionou o polegar na glande, espalhando o pré-gozo pela extensão mediana.

— P-Para... — Izuku gemeu, virando o rosto para o lado quando a masturbação ficou quente, sua entrada se contraiu pedindo para ser preenchida.

— Você tem um pacto comigo, lembre-se disso — Katsuki sussurrou com sua voz demoníaca, fazendo Izuku tremer inteiro e enfiar as unhas curtas na nuca do demônio, rasgando sua carne e fazendo sangue preto escorrer pelos seus dedos. Pela primeira vez, o esverdeado sentiu medo daquele maldito pacto, sentia-se obrigado a entregar seu corpo a um demônio que exalava beleza, luxúria e selvageria, com uma pitada de terror.

Izuku jogou a cabeça para trás e gritou quando os dedos longos e quentes o invadiram de uma vez. Aquela noite seria longa.

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