A mente de Izuku estava prestes a entrar em um colapso. Ele não entendia o porquê de um demônio tê-lo escolhido como ''brinquedo" sexual e muito menos sabia que demônios existem.
O garoto foi deixado ali, sozinho, pelo Katsuki, que desapareceu diante de sua visão em questão de segundos, deixando o vento frio da noite escura entrar pela janela, bater contra seu corpo e fazer seus pelos se arrepiarem. Por algum motivo, ele sentia que alguém o estava observando.
Izuku apoiou o antebraço na janela e passou a ponta dos dedos nos lábios, pensando em como o beijo do demônio queimava, mas de um jeito bom. Era algo que ele nunca sentiu ou imaginou, e seu nome saía com tanta facilidade de sua boca, parecia tão pecaminoso e ao mesmo tempo tão atraente e sexy.
Alguma coisa naquela criatura — a qual ele devia se manter longe — deixava-o curioso e, ao mesmo tempo, fascinado.
— Katsuki... — o nome saiu da boca de Izuku sem que ele ao menos percebesse, e de repente alguém segurou sua cintura com firmeza, uma respiração quente bateu contra sua nuca e um riso ecoou pelo quarto, fazendo seus pelos se arrepiarem.
— Não sabia que pensava tanto em mim — o demônio sussurrou contra a orelha de Izuku e roçou o nariz gelado na pele de seu pescoço. — Meu nome sai tão bem dos seus lábios, amor.
Izuku se virou de uma vez, assustado com a aparição repentina do loiro, e seu coração errou a batida ao perceber que ele estava tão próximo de seu rosto, com aquele sorriso que sabia lhe desestabilizar por completo.
— E-Eh... o que você está fazendo?! — o esverdeado perguntou, sentindo a parede, não tendo mais para onde fugir.
— Você me chamou e, como um bom demônio, eu vim, bebê. — Katsuki também se aproximou, deixando o garoto encurralado.
— N-Não, e-eu não chamei você, vai embora! — o esverdeado falou, nervoso, e o loiro apenas riu, como se aquela fosse a melhor piada do mundo.
Ora, mas quem era aquele humano para lhe ordenar algo? Katsuki se divertia com a ousadia daquele garoto e amava a forma sensual que ele incorporava quando estava assustado ou de quatro sobre a cama.
— Ah, mas eu acabei de chegar, bebê, e sabe, estou com tantas saudades desse seu corpo — o loiro sussurrou, levantando a mão e colocando uma mecha dos cabelos esverdeados para trás, dando a melhor visão do rosto do garoto.
— Você não vai tocar em mim! — A feição do loiro ficou séria, e seus olhos, aos poucos, ganharam uma coloração mais avermelhada que fez Izuku tremer e seu coração doer de medo. — E-Eu...
— Não vou? Que eu me lembre, eu já toquei em cada parte do seu corpo e a única coisa que você fez foi gemer como uma puta sedenta, estou errado? — ele indagou baixo, com a voz sombria e profunda.
— E-Está... — sua voz tremeu junto com seu corpo, e Katsuki se aproximou mais, com o olhar sério e profundo.
— Vou te provar que não. — O Bakugou segurou Izuku pelo pulso e o jogou na cama com força, pondo-se em cima dele, e, em questão de segundos, a camisa do esverdeado foi dilacerada em farrapos. Ele não evitou soltar um grito em surpresa pela ação brutal e repentina. — Eu vou te fazer gemer tanto que vai ficar com a garganta inflamada, e toda vez que ousar dizer que eu estou errado, irá se arrepender amargamente.
— P-Por que está fazendo isso?! — Izuku perguntou, com a voz fraca, mas com soluços fortes, lágrimas grossas descendo pelo canto de seu olho e deslizando pela lateral de seu rosto. Katsuki levou a mão até o rosto do garoto e passou o dedo para afastar as lágrimas.
— Não precisa chorar, se quiser que eu pare, é só fazer um pacto comigo; caso contrário, eu irei continuar até você perder os movimentos de suas pernas e nunca mais poder falar.
Esse era seu real objetivo. Um demônio sexual não podia fazer sexo direto com sua presa, por simplesmente não ter um pacto com ela. O pacto servia como se fosse um consentimento. Naquele momento, Katsuki estava enganando o esverdeado para que ele fizesse o pacto e lhe desse acesso completo ao seu corpo.
— O-O que?! — Izuku praticamente gritou, e o loiro desceu a mão pela sua barriga, que se contraiu com o toque quente.
— Um pacto, meu amor, sabe o que é, não? Eu te dou o que desejar, qualquer coisa que desejar, eu te darei — Katsuki sussurrou contra o ouvido do garoto.
Ele podia ser manipulador quando queria, e, naquele momento, cada parte sua desejava tomar a pureza daquele esverdeado.
— Qualquer coisa? — ele perguntou com ingenuidade, o que fez Katsuki sorrir largamente e concordar com a cabeça.
— O que meu bebê desejar, será tudo seu… — ele murmurou, roçando os lábios nos do garoto, que parecia hipnotizado. — Basta dizer "sim".
— O-O que você ganha em troca? — perguntou quase uníssono. — Não é a minha alma, né?
— Sua alma? — Katsuki gargalhou e negou com a cabeça. — Não, não, não, eu não sou esse tipo de demônio. O meu preço é algo menos... como eu posso dizer... menos macabro...
— O que? Qual é o preço? — Katsuki sorriu ainda mais animado e se abaixou, deixando os lábios contra a orelha do Midoriya e deslizando a mão pelo seu corpo até o cós de sua calça.
— Você, eu só quero você, todas as noites, pelado, gemendo meu nome e gritando enquanto eu te fodo com força, apenas isso — o loiro sussurrou, e cada parte do corpo do jovem pareceu entrar em chamas. O que estava acontecendo? Ele não fazia a menor ideia. — E então? O que me diz? Basta aceitar.
— S-Sim... — o esverdeado murmurou quase inaudível, completamente hipnotizado, e quando menos percebeu, Katsuki beijou seus lábios, selando o pacto.
Mas, lembre-se, demônios não podem amar. Por quê? Porque eles não têm alma e nem coração.
Capítulo revisado por Immorqlz (Spirit)

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Passion Demon
RomanceSinopse [💞]: Um demônio... Um contrato... O que você faria se um demônio sexual aparecesse todas as noites em seu quarto para usar seu corpo das formas mais promíscuas possíveis? Izuku Midoriya é um universitário tímido e muito religioso. Todas as...