Cap. 20 - Lucas

14 2 2
                                    

Set. 2015-      Chamadas perdidas...

 Lucas está no seu escritório, olha pela janela, como se buscasse no céu noturno, um sinal que o aprovasse ou censurasse. Silêncio.

___ Olá. Eu estava aqui olhando seu cartão de visita... Então, você trabalha com festas infantis?

— Sim, é o que faço. Aproveito ao máximo a imaginação das crianças para deixá-las felizes.

— Hum... Como está sua agenda? Mês que vem, Elisa fará sete anos. Eu não havia planejado fazer festa, mas ela anda tão tristonha que acho que uma festinha a deixaria mais animada. Posso contratar seus serviços, senhora?

Diane ficou um pouco desconsertada com o tom de voz de Lucas, um tanto formal demais [...] parecia aborrecido com ela.

— Posso marcar um horário para você no escritório, mostrar meu trabalho. Se gostar, podemos combinar.

— Ah, prefiro que você combine tudo com a dona da festa. Ela que manda por aqui. Vou levá-la ao seu encontro.

— Tudo bem, senhor, como preferir. Ela responde com um tom sutil de sarcasmo, morde o lábio inferior. 

__ Lucas sorriu, como se quisesse que ela desvendasse seu jogo. Então, Diane suspirou aliviada.

— Ah, não faça isso!

— Ei, moça, por que não atendeu minhas ligações? Não queria falar comigo? 

— Desculpe, achei que era do setor de marketing. Ou de algum presídio.  

— Você é sempre desconfiada assim, moça? Lucas perguntou no meio de uma risada que fez o coração de Diane se encher de esperança.

— Às vezes, quer dizer, sempre. Mas realmente não sabia que era você. Ultimamente meu celular vive no silencioso para não me estressar com essas chamadas infernais, não as suas, essas de números desconhecidos, dessas que nos avisam que ganhamos na loteria, mas depois pedem dinheiro, dessas que tentam nos vender coisas, quando percebeu que estava tagarelando demais, ficou muda, depois deu risada também.

E foi assim que aquela conversa fluiu por mais de uma hora de ligação... Lucas propôs-se a levar Elisa com ele, às quatorze horas, do dia seguinte ao seu escritório para tratar dos detalhes da festa. Diane sugeriu que os três fossem à padaria ao lado da empresa, assim Lis ficaria mais à vontade. Contou-lhe que empresa dela e de Michelly tinha parceria com bufês e fotógrafos, então decidiria tudo em um ou dois encontros. 

Mas ela escondeu a parte na qual desejou no íntimo, que seu encontro com Lucas e Elisa durasse mais, muito mais que algumas horas.

***


O Poder da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora