17.1 | Aos Poucos, Nós 🏴‍☠️

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Primeiro, quero agradecer de todo o coração pelo carinho, apoio e as mensagens de melhora que recebi de cada uma de vocês. Ao longo dos anos, muitas de vocês se tornaram algo muito além de leitoras fiéis; vocês viraram amigas, confidentes com quem compartilho minha vida e que também confiam a mim suas histórias e me defendem de pessoas que me atacam ou tentam me diminuir aqui na plataforma.

Isso tem sido algo extremamente especial para mim. Muitas de vocês sempre enviam mensagens incríveis, contando como meus livros ajudam com a depressão ou a baixa autoestima que enfrentavam ou estão aprendendo a superar. Saibam que é recíproco. Antes de vocês, eu era uma garota insegura, que achava que não era boa em nada. Sofria tanto bullying nas escolas que acabei desistindo, e minhas amizades podiam ser contadas nos dedos. Hoje, me sinto abraçada por mulheres e até homens maravilhosos que me seguem aqui.

Vocês têm um lugar muito especial no meu coração, e sou eternamente grata por todo esse amor.

Vocês têm um lugar muito especial no meu coração, e sou eternamente grata por todo esse amor

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Uma semana. Uma semana inteira respeitando a decisão dela, dando o espaço que Smee me aconselhou a dar.

Agora, me arrependo amargamente, e que o todo poderoso não me ouça, mas que maldita decisão tomei!

Tudo está sendo um martírio. Noites sem fim de insônia, dias tomados por um humor azedo, como se carregasse o peso do mundo nas costas. Não há descanso, não há paz. Tento evitar os lugares no navio onde sei que ela costuma estar, como se fugir dela fosse possível. Mas é uma tortura silenciosa. Respeitá-la, dar-lhe o "espaço" que ela pediu, é o mesmo que me dilacerar por dentro.

Eu devo isso a ela, devo respeitar seu "espaço". Fui um sacripanta com minha mulher desde que ela pisou no meu navio. Só mostrei o pior de mim. Tudo o que consegui dela foi praticamente tomado, arrancado, não dado de livre vontade.

Isso dói na autoestima de qualquer homem, até no mais miserável. Então, imagina em mim, um homem que, mesmo depois de perder algo tão precioso quanto minha mão, nunca precisou correr atrás de mulher nenhuma. Ter que pressionar, insistir, é humilhante, até mesmo para mim.

Mas o que posso fazer? Ela me deixa louco de uma maneira que eu jamais imaginei. Selvagem. Territorial. Ardente. Eu a quero como nunca quis ninguém.

Fiz o que Smee pediu. Sim, ele me pediu mais coisas. Aquele velho maldito, sem vergonha e, claro, amor à própria vida. Ele me pediu para repensar cada um dos meus passos até agora. E, maldição, odiei perceber que ele estava certo. Não fiz nada direito.

Aicha deve me achar um tolo, um completo insano que só quer se aproveitar dela. E é por isso que, mesmo que doa, estou cumprindo o que prometi. Mostrando que sou capaz de respeitar suas escolhas. Mesmo que isso me rasgue por dentro.

Mas não adianta. Mesmo à distância, ela está em todos os lugares. O cheiro dela parece preso nas velas do navio. O som de sua risada ainda ecoa no convés, como uma maldição que me persegue. Tudo ao redor só me faz perceber o quanto estou vazio longe dela.

Tomada Pelo Capitão Gancho - Era Uma Vez Vilões #1Onde histórias criam vida. Descubra agora