Ele perdeu tudo, sua família, parte de seu corpo, sua dignidade, apenas uma pessoa foi causadora de sua dor e ainda assim, ele foi tido como o grande vilão.
Bastou apenas um olhar para ela, que se tornou obcecado.
Gancho faria tudo para tê-la, até...
🎵 Baby, serei seu predador essa noite Te caçarei, te comerei viva Como animais, animais, como animais-mais Talvez você pense que pode se esconder Mas eu consigo sentir seu cheiro de longe Como animais, animais, como animais-mais Baby, eu sou 🎵
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As risadas dos homens no convés do navio, ecoam ao redor, música, bebida e putas, parecem tirar o amargor da derrota de mais cedo da boca de todos.
Só que em mim a raiva não é passageira, ela se acumula e me consome de pouco a pouco, todavia, seguro esse mau que carrego dentro de mim, mesmo que seja uma luta árdua para conseguir tal ato.
Dentro de meu gabinete, olho pela milésima vez o mapa procurando por algo que me faça a achar a saída desse lugar. Contudo não há nada, muito menos saídas, tudo parece um grande labirinto sem fim.
Terra maldita!
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Procuro a respostas as minhas preces com a mesma ânsia de um bêbado em busca de mais um gole do melhor whisky, todavia, como sempre, não acho as respostas.
Me canso de ver o papel inútil, tiro minhas roupas e entro na banheira com a água morna que foi preparada para mim, tomo meu banho com tranquilidade, apreciando o único luxo que me nego a abrir mão.
Evito olhar para o braço que me falta uma mão, limpo com cuidado, sentindo raiva de mim mesmo, sentindo algo que jamais senti antes, pena, não a ponto de me sentir uma vítima, mas sim de sentir asco, assim como sentimos por um cachorro velho e adoentado nas ruas de Londres.
— Preciso usar o ponto fraco dele, tocar onde mais o fere... — resmungo para mim mesmo, enquanto saio da banheira, me sentindo limpo e um pouco melhor.
Mal enrolo o pedaço de pano ao redor da minha cintura e escuto batidas soando na porta.
— Diga!
— Senhor, as três estão esperando em uma das cabines, aquela que o senhor sempre usa. — Smee me avisa, neutro.
