Eu fui sem querer ir,
Eu fiz sem querer fazer,
Nas correntes invisíveis da necessidade,
Onde o querer já não sabe escolher.Quando há necessidade,
O passo já não é meu,
E o que antes era liberdade,
Agora se curva ao que me prendeu.Qualquer pode ser manipulado,
No jogo sujo da urgência,
Onde a vontade vira fardo,
E a escolha, mera aparência.Eu fui, levado pelo vento,
Que sopra o que não posso ver,
E no vazio de cada momento,
Eu fiz sem saber por quê.
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O Enigma do Ser
PoesíaA existência e suas calamidades, a experiência em nosso estado natural como seres vivos e pensantes, quem somos nós ou o que deveríamos ser? A vida é uma jornada, e em suas fases buscamos nossos sentidos: na infância, o aprendizado; na maturidade, s...