Se contradizendo,
Ferve a própria língua com enxofre e veneno,
No ciclo insano de não ter, de não ser,
Mantendo-se atado à ignorância que o próprio despreza,
Sofrendo, porque não compreende os próprios questionamentos.
Contradizendo-se, define a si mesmo.
Ser errôneo, que na labuta escolhe escapar,
Que na vivência apenas sobrevive,
Ancorado em uma forma deplorável, apenas existindo.
Quem disse que o mundo é essencialmente cruel?
Quem afirmou que os fracos sempre sucumbem?
Que os ignorantes jamais superam,
E que os erros sempre retornam?
Quem proclamou que, para se alcançar, é necessário lutar dez vezes mais?
Que, ao saber opinar, tudo se tornará simples?
A vida é uma trajetória intransigente?
Um caminho sem volta...
E, em sua contradição, dá voltas — um ciclo
Que dissolve o sentido enquanto o reconstrói.
Se contradizer é inevitável.
Reconhecer é construir.
Seja melhor para si,
Seja a mudança, aquela que antes existia apenas na projeção idealizada.
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O Enigma do Ser
ŞiirA existência e suas calamidades, a experiência em nosso estado natural como seres vivos e pensantes, quem somos nós ou o que deveríamos ser? A vida é uma jornada, e em suas fases buscamos nossos sentidos: na infância, o aprendizado; na maturidade, s...
