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20 de abril, quarta-feira.
07:10am.
P.O.V Emily.

Rio de Janeiro | Hotel.

Acordo com uma dor de cabeça infernal.

Me sento na cama, tentando lembrar a noite passada.

Talvez eu tenha bebido mais do que devia do vinho que Richard tinha trago pra nós na mesa.

Não lembro nem de ter voltado para o hotel.

Olho meu corpo, estou com uma camiseta que não é minha.

Richard.

Era dele. Então finalmente presto atenção no quarto que eu estou. Não é meu quarto com Flavio.

Era o quarto do Richard.

Deus, como eu podia mal lembrar do que tinha acontecido.

Um Richard só com a toalha enrolada na cintura aparece, saindo do banheiro enquanto seca seu cabelo.

Preciso piscar algumas vezes para ter certeza de que não estou alucinando.

Delícia.

- Cuidado que a baba tá escorrendo. - Ele me tira do transe, me olhando com um sorriso debochado no rosto. Fui pega no flagra o secando.

Mas quem não iria babar em um homem desse? Praticamente pelado, alguns pingos de água caindo sobre as tatuagens no braço, no peito. Puta que pariu, eu queria lamber seu corpo todo.

Ele se aproxima de mim lentamente. Ainda estou enrolada nos lençóis. Eu acompanho ele com o olhar, totalmente hipnotizada.

Ele era um pecado.

- Me diz o que está passando por essa sua cabeça, Emily. - Ele me pede em um sussurro. Ele sobe na cama, se engatinhando até mim. Sinto seu perfume, seu cheiro pós banho. Nosso rosto bem próximo um do outro.

Eu subo meu olhar para seus olhos. Ele me encara intensamente.

- Você... - É a única coisa que consigo dizer, com a voz falha. Ele sorri de canto.

- Eu o que? - Insiste.

Eu tento recobrar minha consciência. Respiro fundo, totalmente tomada pela vontade de ter aquele homem agora, pra mim.

Me aproximo dele, quase encostando nossos lábios.

- Quero você. Agora. Na minha boca. - Eu digo pausadamente. Seu olhar escurece.

Com uma coragem que eu tirei não sei da onde, eu me viro por cima dele, assumindo o controle sobre nós.

Richard me olha faminto, sem piscar. Consigo ver o quão excitado ele está.

Eu vou distribuindo beijos pelo seu peito nu. Ele respira com dificuldade.

Vou descendo, beijando sua barriga, as tatuagens, sem quebrar nosso contato visual.

Desço mais. Me aproximando da sua virilha.

Ele suspira.

Minha boca saliva, em ansiedade, só de imagina-lo na minha boca.

- Porra, Emily... - Ele diz com a voz rouca, fechando os olhos e tombando a cabeça pra trás.

Eu sorrio, satisfeita por deixar ele tão afetado.

Eu desamarro o nó da toalha, deixando que a mesma caia sobre a cama.

Olho para seu membro, totalmente rígido, pronto pra mim.

• DESTINO • | Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora