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2 de Junho, quarta-feira.
07:10am.
P.O.V Emily.

São Paulo.

Acordo com a minha cabeça martelando. O vinho de ontem não tinha caído bem.

Levanto correndo e vou direto pro banheiro, vomitar.

Péssima ideia ter enchido a cara em plena terça feira, agora eu iria ter que arcar com as consequências e ir trabalhar de ressaca. Parabéns pra mim.

Estou no banheiro quando escuto batidas na porta.

Então eu me recordo, Richard. Merda. Mais uma cagada.

Era para eu ter ficado brava com ele e nem olhar mais na sua cara. Como podia ter sido tão idiota e não resistido a ele?

Maldito tesão e vinho. Não era uma combinação boa. Ainda mais na minha situação.

Que raiva.

Richard dormiu na minha casa. Dormimos juntos, para resumir bem a história. E agora toda a noite vem na minha mente, flashbacks bem vividos.

Céus. Nem pra ter sido ruim.

- Tá bem, linda? - Richard pergunta. Sua voz rouca, o apelido, me dá vontade de estrangula-lo.

- Tô bem. - Digo fraca, vomitando mais.

- Não, não tá. - Richard diz. Eu reviro os olhos.

- Tô bem! Foi só o vinho. - Digo já irritada.

- Eu sei bem o que esse vinho fez... - Ele ri próximo a porta. Eu preciso me controlar pra não sorrir também. Foco, Emily, foco.

Após alguns minutos, já tendo passado o enjôo, eu me levanto, faço minha higiene e quando abro a porta, me assusto com o colombiano ali, me esperando.

Ele me olha preocupado.

- Passou? - Ele me olha de cima a baixo. Estou usando sua camiseta de ontem a noite. Eu nem lembro quando vesti isso. Richard sorri.

- Já estou melhor. Foi só o enjôo de ressaca. - Falo de mal humor, e tento passar por ele, mas ele me segura.

- Tem certeza? - Ele me olha, eu arqueio as sobrancelhas. - Será que não é nosso mini Richard chegando? - Eu não consigo me controlar e caio no riso.

- Aí, Richard, por favor, não viaja. - Eu peço entre risos.

- Ué. Não custa sonhar, né? - Ele fala sorrindo.

- Eu ainda nem sei se vamos continuar juntos. Que dirá, um filho. - Falo na lata, ele fica sério.

- Vamos conversar sério sobre o que aconteceu ontem, amor. Não quero que você fique brava comigo. - Ele pede, me puxando pra ele.

- Não estou brava. Estou magoada... - Falo sincera. - E ok, talvez um pouco brava sim.

Ele sorri pra mim.

- Mas isso é temporário, né? - Ele tenta se assegurar.

Eu respiro fundo.

- Não sei, Richard. Preciso pensar em tudo. - Me afasto um pouco dele.

- Mas, de preferência, com você longe de mim. - Eu olho feia pra ele. - Se você tiver muito perto, como ontem a noite, não vai dar certo. - Eu coro um pouco ao me lembrar da noite agitada.

Ele balança a cabeça.

- Não é minha culpa se eu sou gostoso assim. - Ele me provoca.

- Tudo bem amor, eu entendo seu lado. Mas só tenha em mente que você não tem opção, não vai ficar longe de mim ou se quer cogitar terminar. - Ele assume o tom sério.

• DESTINO • | Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora