• DESTINO • | Richard Rios

12

2 de Abril, sábado.
21:54pm.
P.O.V Emily.

Quarto do Hotel em Curitiba.

Já fazia uma hora que eu estava na cama, na tentativa de dormir.

Me reviro mais uma vez na cama, bufando ao perceber que o sono não viria tão cedo.

Richard não estava no quarto, aliás, desde que eu entrei aqui a tarde, eu não o vi.

Eu agradecia mentalmente por não ter tido nenhum contato com ele aqui, mas algo me incomodava.

Será que ele iria dormir em outro lugar?

Será que tinha feito toda aquela cena mais cedo para que eu não trocasse de quarto, só para jogar na minha cara que ele está ganhando o nosso jogo de provocação?

Infinitas opções passavam pela minha cabeça, o que só me deixava ainda mais inquieta.

No fim, eu pouco me importava aonde ele estava, ou se iria dormir aqui ou não.

O jogo era amanhã, meu primeiro jogo fora de casa. Então era algo muito importante pra mim, não deixaria que o Richard arruinasse mais uma coisa em minha vida.

Puxo a coberta mais uma vez e tento me ajeitar confortavelmente, para que o sono finalmente chegue.

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P.O.V Richard.

Giro devagar a maçaneta do quarto, tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Já se passava da meia noite.

Emily com certeza estaria dormindo, e esse era o objetivo pelo qual estive até essa hora no quarto com o Zé.

Zé foi compreensivo e me deixou ficar lá até o horário que fosse bom pra mim, ele entendia o por que eu queria evitar a todo custo ver Emily.

Eu tinha contado a ele tudo que aconteceu e estava acontecendo entre nós, o único conselho dele foi que eu saísse desse rolo antes de ficar ainda mais complicado.

Mas, eu não estava nesse rolo. Não havia chances de algo a mais acontecer entre eu e Emily.

O caminho era simples. Eu no meu canto, ela no dela, e pronto.

Eu gostava de a provocar, gostava de ver ela na beira de surtar, gostava de ver ela sem controle algum sobre si mesma.

Mas, estava hora de ter pés no chão e recuar.

E eu conseguiria. Óbvio que sim, afinal, Emily estava na minha vida há poucos dias, não é como se fosse impossível eu fingir que ela não existe e que nada tinha acontecido.

Afastando mais uma vez os meus pensamentos, eu observo o quarto todo apagado.

Emily estava realmente dormindo.

Respiro aliviado e entro pisando na ponta dos pés no quarto.

Fecho a porta atrás de mim e então lentamente me deito na cama.

Eu já estava usando um moletom e uma camiseta confortável, e havia tomado banho no quarto do Zé, então a minha única missão agora era dormir, e amanhã levantar antes da Emily, para não ter que cruzar com ela nesse quarto em nenhum momento.

Tudo daria certo. Tinha que dar.

Então eu me viro confortavelmente na cama. Fecho os olhos e aprecio o silêncio que se instalou.

Consigo sentir o perfume da Emily, mesmo a cama dela sendo do outro lado do quarto, mas parece que o seu cheiro impregnou em cada parte desse cômodo.

Respiro fundo mais uma vez, tentando afastar qualquer pensamento dela.