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08 de Maio, domingo. 
16:21pm.
P.O.V Richard.

São Paulo | Allianz Parque.

3 semanas depois.

Dia de jogo. (PalmeirasXFluminense)

Estamos entrando em campo. Hoje era meu primeiro jogo após a punição que eu tive há algumas semanas atrás, por conta da minha briga lá na casa do Gabriel, no Rio.

Parecia que tinha passado tanto tempo desde aquele dia pra cá. Eu e Emily estávamos cada dia mais juntos, e eu, cada vez mais apaixonado por ela.

Emily tinha conhecido minha família no final de semana passado, aonde levei ela para a minha terra natal, na Colômbia.

Não preciso nem comentar o quanto meu pai a adorou. Ver ela tão enturmada com minha família foi incrível.

A mídia ainda não tinha certeza do nosso envolvimento, mas de hoje, eu não planejava que passasse.

Esperamos esses dias para contar a todos que eram próximos a nós e ainda não sabiam. Assim como Leila, que também estava a par da situação e nos apoiou totalmente no relacionamento.

Zé ainda estava sem acreditar que de todos seus conselhos, eu não segui nenhum, já que fui meter um relacionamento sério logo na garota que eu jurei de pé junto não me aproximar.

Ironia do destino? Talvez.

Mas, acima de tudo, Zé nos apoiou de coração, e ele estava ali para o que eu precisasse.

O acidente ainda martelava em minha cabeça a cada dia. Eu estava adiando o momento para contar a Emily, queria esperar que nosso relacionamento se firmasse para todo mundo. Mas, aquilo me corroía a cada segundo.

Falando em Emily, ela está nesse momento na minha frente, apesar da distância, nossos olhares se encontram.

Ela está em pé, ao lado de Abel e Carlos, todos em posição para o hino nacional. Na área de comissão técnica.

Eu a olho sério, mas sem conseguir controlar o sorriso que se forma em meus lábios ao ver ela toda linda e concentrada.

Mal sabem todos que estão aqui, que faz uns 40 minutos que eu fiz ela gozar bem gostoso na minha cara, no vestiário do Palmeiras, quando o pessoal estava se aquecendo em campo, mais cedo.

Lembrar dessa cena me faz abaixar a cabeça e soltar uma risada disfarçada. Maldita, toda deliciosa se tremendo, sentada na minha cara.

Balanço a cabeça e tento me recompor, voltando a prestar atenção no hino que já estava acabando.

E então saímos para cumprimentar os jogadores do time adversário.

Eu estava confiante para a partida de hoje, mas sabia que precisava marcar um gol ou ter um ótimo desempenho em campo para me redimir com a torcida pela punição que levei e as semanas que fiquei afastado.

Fico em posição, atento ao apito do árbitro para o início de jogo.

Dou uma última olhada em direção a Emily, ela não está me vendo, já que estou um pouco longe, mas, pensando nela, foco ainda mais no jogo.

A partida começa. Agora era mostrar para toda a nossa torcida a nossa garra em campo.

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Já se passava dos trinta minutos do primeiro tempo. Eu estava exausto. Os dias que fiquei sem poder se quer treinar, agora faziam falta em meu condicionamento físico.

• DESTINO • | Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora