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2 de Abril, sábado.
16:43
P.O.V Emily.

Hotel em Curitiba.

Havíamos acabado de chegar no hotel aonde todos ficaríamos hospedados.

A van estaciona na entrada e aos poucos vamos descendo.

Os seguranças se posicionam, dando a cobertura que precisamos, já que tinha uma quantia considerável de torcedores na entrada do local.

Abel e Leila vieram em carro separados, e já estavam em seus devidos quartos.

Eu, Carlos e o restante do elenco estávamos na van.

Começamos a descer.

Primeiro os atletas, e então eu e Carlos descemos por fim.

O pessoal grita, comemora, aplaude os torcedores.

Alguns param pra tirar foto com os fãs, outros apenas acenam e entram direto para o saguão do hotel.

Um grupo de fã canta loucamente o hino do Palmeiras. Eu, como torcedora nata também, entro no hotel sorrindo e cantando baixinho junto com as vozes que vão ficando lá fora.

- Aí sim, minha chefia. É nossa torcedora também? - Endrick fala ao meu lado.

Eu dou risada.

- Sou. Minha família inteira é palmeirense. Meu pai é da mancha Verde desde a adolescência... - comento. Ninguém ali até então sabia do meu amor pelo Palmeiras, além do trabalho.

- Porra, Emily! Que dahora. Deveria ter contado antes isso pra gente. - Endrick diz animado. - Quando vai trazer o velho pra conhecer a gente pessoalmente?

Eu rio com a forma que ele chama meu pai.

- Assim que voltarmos da viagem, eu ajeito isso. - Falo animada.

- Fechou. - Endrick sorri. - O Piquerez, vem cá! - Endrick chama o mesmo.

Estamos aguardando nos sofás da recepção do hotel. Como era uma quantia considerável de pessoas ali, precisamos esperar eles chamarem por nome, conforme estava separado as duplas em cada quarto.

Eu me sento em uma poltrona, e o Endrick se senta ao meu lado.

Logo Piquerez aparece e se senta do meu outro lado.

Ainda não acostumei com a proximidade deles. Ainda sentia o mesmo friozinho na barriga que senti lá no meu primeiro dia quando os vi pessoalmente.

Mas finjo naturalidade, como se um puta homem lindo, como o Piquerez, não tivesse a centímetros de distância de mim.

- Opa, bom dia, Emily. - Piquerez diz pra mim, com um sorriso educado no rosto. Seu sotaque era minha perdição. Eu retribuo o sorriso e o cumprimento também.

- Cara, sabia que a família da Emily é toda palmeirense? - Endrick comenta com o Piquerez, ainda animado pela informação recém descoberta.

- Nossa, e por que ainda no apresentou eles a nós, Emily? - Piquerez pergunta.

- Prometo que assim que voltarmos pra São Paulo eu vou trazer eles para conhecer todos vocês. - Digo sorrindo. - Mas já aviso, pelo meu pai vocês já estavam fazendo churrasco lá na nossa casa, e tomando uma cerveja. - comento rindo.

Endrick e Piquerez se animam com a ideia.

- Pô, aí eu dou valor. - Endrick ri. - Só marcar a data então, chefia. Já tô me vendo comendo uma carninha com o senhor pai da nossa preparadora.

• DESTINO • | Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora