Capítulo 21

1 0 0
                                    

 Leonardo Monteiro

 
2 Meses depois

   Estava no ginásio, observando Laura se esforçar sozinha na máquina de extensão de pernas. Ela estava determinada, os olhos focados no movimento, levantando as pernas com precisão. Cada repetição era um passo em direção ao seu progresso, e eu me sentia orgulhoso de vê-la tão empenhada. Era inspirador, na verdade. Laura estava superando todos os desafios, uma verdadeira guerreira, e isso me fazia gostar ainda maus dela.

    Enquanto ela continuava, fui para uma divisão ao lado, onde eu tinha escondido uma pequena surpresa. Quando voltei, a empolgação no meu peito era palpável. Ela olhou para mim, ainda na máquina, com uma leve expressão de curiosidade.

- Pode parar um pouquinho — pedi, com um sorriso. — Acho que você merece um incentivo pelo esforço de hoje.

  Ela arqueou uma sobrancelha, brincando

- Vai me dar um beijo?

   Eu ri, me aproximando com a caixa nas mãos.

- Não é uma má ideia... Mas hoje não é isso. — Coloquei a caixa no colo dela e vi os olhos dela brilharem de curiosidade.

  Laura abriu a caixa devagar, e quando o papel foi afastado, seus olhos se iluminaram ainda mais. Dentro estava um vestido vermelho deslumbrante, o comprei com um dinheiro que eu tinha, já que não fui pago por trabalhar aqui, meu primeiro salário como enfermeiro de Laura será pago daqui algumas semanas. O vestido era um modelo elegante, com tecido leve e um corte fluido, que caía perfeitamente, destacando o corpo de uma forma discreta, mas sensual. O decote era suave, com um toque clássico, e havia um detalhe de renda nas alças e na parte inferior da saia. Não era apenas um vestido, era um símbolo de tudo o que ela representava para mim: força, beleza, e uma feminilidade que ela insistia em ignorar, por isso o comprei vai ficar óptimo em seu corpo, apesar deu preferir sem nenhuma roupa.

   Ela me olhou, surpresa e emocionada.

- Leo... — sua voz saiu baixa, como se ela não soubesse o que dizer.

- Você merece — falei suavemente, enquanto ela me puxava para um abraço. Eu a segurei firme, sentindo sua gratidão.

  Antes de soltar, beijei sua testa, um gesto que sempre carregava mais do que palavras poderiam expressar.

- Obrigada — ela sussurrou, e naquele momento, eu sabia que esse simples gesto tinha significado mais do que qualquer outra coisa.

****

    Se passaram dois meses desde que saí da fazenda e não vejo Laura, dois meses que eu tenho lembranças dos momentos que estive com ela, ela parece tatuada na minha pele, em minha mente e não quer sair, talvez seja um castigo por tudo que eu fiz para ela, eu me aproveitei dela de algum modo, e agora ela me assombra, como um fantasma está em todos os momentos, e agora eu não consigo ficar com mais nenhuma mulher mesmo que tente, talvez se me libertar desse remorso explicando meu lado para ela eu consiga continuar a viver sem me culpar.

   Tenho me focado mais em meu trabalho na clínica, fui chamado, e bem mesmo quando acabava de ser despedido de um, não que eu não tivesse os meus outros pacientes particulares, mas é bom trabalhar em um ambiente todo equipado e pronto, além do trabalho me dedico aos meus avós, minha avó não anda nada bem de saúde, ela piorou e está no hospital, meu avô tentava ser forte mas dava para notar que ver sua amada sofrer o fazia sofrer também.... Pego em todas as minhas coisas e saio de casa junto com meu avô para irmos para o hospital vê-la.

Além Do Toque Onde histórias criam vida. Descubra agora