Capítulo 32

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Leonardo Monteiro

   Me sentia tão fragilizado pela repentina aparição da mulher que me gerou que não consegui pensar direito com Laura tão perto eu a amo e eu não consegui resistir,  beijei seus lábios, como tinha saudade disso mas logo me arrependi e a larguei, ela tem alguém e não seria justo... Tudo que fiz foi pedir desculpa enquanto ela me olhava parecia ter pena de mim e eu não queria que ela sentisse isso por mim, nunca.

- Não me olha assim Laura, não suporto esse teu olhar de pena.

- Eu não estou te olhando com pena Leo, só... Pensando no que acabou de acontecer.

- Foi um impulso, eu... Realmente precisava ter os teus lábios de volta... Viu, por isso não podemos ser amigos.

  Me afastei dela puxando o meu cabelo para trás.

- Tu estás com o Mateus e isso não é justo, trair alguém não é.

- Eu nunca ia trair ele Leo...

   Laura é a mulher mais direta que conheço, não precisa de ficar enrolando.

- Por isso eu vim...

- Eu agradeço muito que tenha vindo, mas acho melhor você ir.

- Não estás bem ainda—ela estava me encarando seus olhos com uma determinação jamais vista por mim.

- Eu vou ficar bem não te preocupes.

- Eu me preocupo Leo.

- Fica descansada, melhor ires.

  Vejo ela suspirar enquanto fechava os olhos, mas os abre para me olhar.

- Está bem, mas se precisar é só ligar...

"A saudade que me preenche é daquilo que não pode ser tocado, apenas sentido... profundamente."

    Está frase se encaixa perfeitamente para este momento, estou vendo a mulher que eu amo sair pela porta da casa e eu queria que ela ficasse aqui me escutando apenas me dando alívio, sua presença enchia o ar com uma sensação boa. Ter seus lábios nos meus depois de 3 anos foi uma sensação incrível, algo libertador, e ao mesmo tempo algo que sei que ela não ía fazer... Como me sinto agora? Melhor, é tudo que eu podia dizer.

  Alguns minutos depois o portão da casa estava sendo batido, a pessoa parecia ter presa "já vai" eu gritei pois está pressa estava me irritando , ao abrir vejo André e reviro os olhos só podia ser ele.

- E aí wy... O que me cintas.

  Ele entrou imediatamente após tocar em meu ombro. Juntos dele fui entrando em casa.

- Nada de novo..

  Ele se sentou no sofá enquanto eu estava sentado em uma cadeira.

- Quem era aquela mboa bonita e elegante que saiu daqui?—fofoqueiro—não penses que estou de espiando é que estava a vir mesmo pra cá e a vi saindo daqui, mas é uma peça...

  Ele sorria de um jeito que me irritou, acho que tudo vai me irritar hoje.

- Não é ninguém!—a rispidez na minha voz era evidente.

- Não precisa falar desse jeito, se tens algo com s riquinha eu paro de falar.

- Não tenho nada com ela André o que vieste fazer aqui? Me aborrecer.

- Eu tentando ser um bom amigo e tu falando comigo assim? Não tenho culpa se não estás a ter um bom dia!—falou irritado me olhando em pé

- Então porquê não vai embora!—disparei mas logo me arrependo

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