Alfonso
— Você está exagerando — digo ao telefone e ouço um protesto do outro lado da linha.
— Eu decido se estou exagerando ou não, Alfonso! — minha mãe reclama.
— É sábado, não quero saber se você tem que trabalhar. É dia de descanso e não tem motivo nenhum para você não vir visitar sua mãe! Estou parado na porta da varanda assistindo Anahi pegar sol. Ela está deitada na espreguiçadeira ao lado da piscina, o biquíni minúsculo sem cobrir nada da bunda virada para cima. Não morreu de amores quando comprei a peça, mas ver a calcinha enfiada no seu traseiro faz valer a pena o surto que ela deu quando viu.
— Não estou trabalhando — garanto e começo a me aproximar dela. Dona Ruth faz silêncio do outro lado da linha por alguns segundos.
— Não está? — pergunta, e eu nego.
— O que está fazendo então?
— Me preparando para tomar um banho de piscina — digo. Chuto os chinelos para fora dos pés e rio quando ela praticamente engasga com nada.
— Você? Piscina? Não consigo acreditar.
— Pois acredite — garanto. Anahi me vê e vira de barriga para cima, abrindo um sorriso bonito. A parte de cima do biquíni não faz um trabalho melhor cobrindo nada também. Sento na espreguiçadeira ao seu lado, afasto o triângulo pequeno que cobre um seio e belisco o mamilo rosado. Ela prende o lábio entre os dentes. Indico a piscina com a cabeça e ela se levanta.
— Você vem? — pergunta baixinho, e faço que sim com a cabeça. Mas não é baixo o suficiente.
— Isso foi a voz de uma mulher? — minha mãe pergunta chocada no telefone. Reviro os olhos e assisto Anahi mergulhar na piscina.
— Como se fosse alguma novidade que seu filho não fez nenhum voto de castidade, dona Ruth — brinco.
— Olha o respeito, moleque — repreende. — E desde quando você tem mulheres no seu apartamento em um sábado à tarde? Isso tem cara de namoro, não dessas sem vergonhices que você faz.
— Eu sei me comportar como um ser humano decente à luz do dia também, mãe — me defendo, bufando. Mas um vinco cresce entre as minhas sobrancelhas porque percebo que ela tem razão. Não é nem um pouco do meu feitio dar atenção à mulher nenhuma fora do quarto. É verdade que fodo Anahi o tempo inteiro e em todos os cômodos da casa, mas tenho passado tempo demais com ela sem meu pau estar enterrado bem fundo nela.
— Por acaso é aquela menina bonita que começou a trabalhar com você? — pergunta, e eu trinco os dentes.
— Mãe... — A Raquel volta de licença-maternidade em algumas semanas, não é?
— Em pouco mais de um mês — concordo, percebendo como o tempo passou rápido. — Pois eu acho bom você fazer alguma coisa a respeito daquela menina. Senão ela vai sumir da sua vida e você nunca mais vai vê-la. Aperto o osso entre os olhos, sentindo o estômago revirar.
— E por que motivo eu ia querer que ela ficasse na minha vida, mãe? — pergunto com um suspiro. — Ela é só minha secretária. Quando digo isso, ergo os olhos para assistir Anahi nadando na outra ponta da piscina. Sorridente, os olhos enormes brilhando quando olha para mim. Meu coração bate descompassado quando percebo que é verdade. Ela vai sumir da minha vida muito em breve. A amiga vai voltar da casa da tia em algum momento, e Anahi vai morar com ela. Raquel vai voltar da licença[1]maternidade, e Anahi não vai mais trabalhar para mim. Não vai ter motivo nenhum para que essa garotinha irritante faça parte dos meus dias. E por que porra eu ia querer que fizesse de qualquer forma? Ela é boa de foder, mas não é a única boceta no mundo. Anahi é competente, linda, divertida, inteligente, doce e completamente viciante, é verdade. Eu perco um pouco a cabeça quando ela grita comigo, me excita quando me desafia e me encanta quando se comporta feito uma menina que não sabe nada da vida. E está sendo uma delícia ser o homem que está ensinando tudo a ela. Na cama e fora dela, porque ela tem realmente sido minha sombra no trabalho e tem aprendido muito. Assim que Raquel voltar da licença-maternidade, ela vai começar a faculdade e vai estar muito mais preparada para a vida. Sem o escroto do ex noivo e sem os pais a impedindo de viver. Sem a inocência que tinha quando caiu das minhas mãos. Não vai demorar para Anahi conhecer algum filho da puta qualquer que vai fazer com ela tudo que eu faço. — Preciso ir — digo para minha mãe e desligo o telefone. Arranco o que tenho restante de roupa e pulo na piscina. Consigo ouvir sua risadinha daqui.
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Uma virgem resgatada pelo CEO - AyA
RomanceAlfonso Herrera é um CEO frio, rude e que não tem interesse em relacionamentos. Com a vida rodeada de luxúria, o dono da maior rede de sex shops do país repele tudo o que não esteja relacionado ao sexo. Até conhecer Anahi Portilla, sua nova secretár...