Alfonso
Cinco anos depois
Cruzo os braços e tento disfarçar o sorriso no rosto enquanto assisto Anahi desembestar em uma explicação muito detalhada e animada sobre os produtos em exposição no nosso estande da conferência. Sim, aquela mesma conferência onde tudo começou tantos anos atrás. Só que agora ela não está aqui como minha secretária. Está aqui como minha mulher e dona de metade dessa empresa. E se tem uma coisa que Anahi tem feito nos últimos anos é trabalhar como eu nunca vi ninguém fazer antes. A garotinha que eu conheci que corava só de ver um vibrador na frente não existe mais. Quer dizer... Ela ainda cora, mas só eu consigo essa proeza quando tenho minha mão em volta do seu pescoço e estou enterrado bem fundo nela. No resto do tempo, Anahi aprendeu a simplesmente tomar conta de tudo.
— Tenho certeza de que você vai gostar desse — ela comenta apontando para um kit que ela mesma montou depois da nossa última discussão. Ela cismou que queria tentar algumas coisas novas para as vendas, e eu bati pé que não ia dar certo. Essa teimosa dos infernos foi irredutível e fez as coisas pelas minhas costas mesmo. E quem diria... Funcionou. Estamos sendo um sucesso maior ainda esse ano. Depois que a mulher vai embora, Anahi olha para mim com uma cara de quem diz "eu avisei". Reviro os olhos e vou até ela. Puxo minha mulher pela cintura, e ela ri.
— Estamos aqui a trabalho, senhor Herrera — ela diz. Seguro seu rosto com força, e ela morde a pontinha do lábio.
— O dia já acabou faz tempo e o único trabalho que eu quero ter agora é o de te levar para a cama, pequena — digo contra a sua boca antes de dar um beijo gostoso nos seus lábios. Ela ri e enlaça os braços em volta do meu pescoço.
— Estou com saudades deles — ela diz. Eu sorrio e desço a boca pelo seu rosto.
— Eu também — concordo. Nossos filhos estão em ótimas mãos, não tenho qualquer dúvida. Minha mãe não pensou duas vezes antes de dizer que ia ficar com os dois enquanto Anahi e eu vínhamos para essa viagem, e sei que os pais de Anahi e Dulce vão aparecer para mimar aqueles dois pestinhas também. Não duvido que até Christopher dê o ar da graça, já que desde que Emiliano nasceu, ele resolveu assumir muito bem o papel de tio. Quando nossa pequena Alice chegou para completar a família, ele grudou mais que carrapato de vez.
— Acho que já está na hora de fazer um terceiro — sussurro no ouvido de Anahi e desço a mão pela sua bunda. — Alice já está com quatro anos. Ela e Emiliano precisam de um irmãozinho.
— Nós estamos em público, Alfonso! — Anahi me repreende e tenta tirar minha mão da sua bunda, mas eu só faço apertar mais.
— Foda-se o público — respondo e tomo sua boca de novo. — Não tenho culpa se minha mulher é uma bela gostosa. Não consigo tirar as mãos de você. Nunca vou me cansar da sensação do corpo dela estremecendo nos meus braços e sua respiração ficando pesada assim sempre que está pronta para mim. Cada dia que passa eu descubro que os votos que fiz no nosso casamento nunca deixam de ser verdade. Eu amo Anahi cada dia mais, quando achei que nem seria possível amar alguém um dia.
— Então me leva para o quarto, marido — ela diz, e eu aperto mais seu traseiro.
— Seu desejo é uma ordem, senhora Herrera.
***
A casa está uma bagunça. Consigo ouvir os gritos de crianças e as risadas altas assim que eu abro a porta.
— Papai! Alice vem correndo na minha direção, e eu me abaixo para pegar a minha menina. Ela herdou o cabelo claro de Anahi e seus olhos enormes e verdes. É uma cópia perfeita da minha mulher e a coisa mais linda que já vi no mundo. Eu a pego no colo, e vejo Anahi revirando os olhos depois de dar um beijo no topo da cabeça da nossa filha.
— Ciumenta — eu sussurro, e ela me mostra a língua. Emiliano aparece alguns momentos depois com minha mãe logo atrás dele. O cabelo castanho[1]escuro e encaracolado cai pela sua testa, e o sorriso enorme está no seu rosto como sempre. Anahi se abaixa na frente dele, e nosso menino a abraça apertado.
— Como você está, meu amor? — ela pergunta. Minha mãe vem até mim e dá um beijo no meu rosto antes de dizer que vai resolver alguma coisa e some.
— A vovó levou a gente pra andar de bicicleta e tinha um menino implicando com a Alice, mas eu cuidei dela que nem você mandou, mamãe — ele conta e cruza os braços fazendo um bico. O sorriso de Anahi só aumenta, e ela bagunça o cabelo dele.
— Parece que alguém vai ser um mocinho protetor — ela diz e olha para mim com tanto amor nos olhos.
— Puxou o pai. Ela pega Emiliano no colo com alguma dificuldade porque ele já está bem grande e vem até mim. Sinto aquele quentinho no peito de sempre quando estou com minha família toda junta. Anahi foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Apareceu do nada e virou tudo do avesso. Minha mulher linda, doce e inteligente que me deu a família mais linda que alguém podia pedir.
— Eu te amo — ela diz, e eu me abaixo para dar um selinho na sua boca.
— Eu te amo, pequena — respondo e sorrio para ela também.
— Minha pequena. Ela concorda com a cabeça.
— Toda sua.
FIM
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Uma virgem resgatada pelo CEO - AyA
RomanceAlfonso Herrera é um CEO frio, rude e que não tem interesse em relacionamentos. Com a vida rodeada de luxúria, o dono da maior rede de sex shops do país repele tudo o que não esteja relacionado ao sexo. Até conhecer Anahi Portilla, sua nova secretár...