Uma noite - Carlos Sainz

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Esse capítulo contem 4994 palavras

Boa leitura meus amores e amoras! ❤️

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Anteriormente

— Stella, — ele começou, a voz baixa, mas firme. — Eu sei que estamos passando por uma fase complicada, e eu sei que não é fácil para você se abrir... mas eu queria que você soubesse de uma coisa.

Eu olhei para ele, sentindo o coração acelerar, com a expectativa crescendo dentro de mim.

— O quê? — perguntei, tentando disfarçar a ansiedade

Ele respirou fundo, e os olhos dele brilharam com algo que eu não conseguia identificar de imediato. Era como se ele estivesse se preparando para algo grande. Algo importante.

— Eu... — ele hesitou, mas logo tomou coragem, — Eu te amo, Stella. Eu sei que a gente tem enfrentado altos e baixos, mas eu quero que você saiba que, apesar de tudo, quero estar com você. Não só agora, não só nos bons momentos. Mas em todos. Eu quero que você seja minha, de verdade.

Eu fiquei ali, sem saber como reagir, sem palavras. O som ao meu redor parecia ter desaparecido. O que ele estava me dizendo não era algo simples. Era como se ele estivesse pedindo para eu confiar nele, mais do que nunca, para me entregar de corpo e alma. Era uma proposta silenciosa, mas carregada de significado.

— Carlos, eu... — minha voz saiu baixa, quase imperceptível. O que eu sentia dentro de mim era uma mistura de medo, felicidade e uma vontade louca de gritar. Eu sabia o quanto ele significava para mim, mas naquele momento, a ideia de entregar meu coração completamente parecia algo imenso. Eu estava ainda me ajustando à ideia de ser vulnerável.

Ele me observava com calma, como se estivesse esperando por uma resposta, mas não pressionando. Ele sabia que a resposta viria no meu tempo, mas o simples fato de ele ter dado aquele passo me fez perceber o quanto ele estava investindo na nossa relação, apesar de todas as inseguranças.

Eu respirei fundo, olhando para as suas mãos, depois para o seu rosto, e então disse, com uma leveza que eu não esperava:

— Sim. Eu quero ser sua. Eu te amo, Carlos. E talvez eu ainda tenha muito o que aprender, mas... eu quero tentar. Eu quero que a gente tente, de verdade.

Carlos sorriu, a expressão dele suavizando de uma maneira que só ele sabia fazer. Ele pegou minha mão, apertando-a com carinho, e me olhou nos olhos.

— Então, estamos juntos, Stella. De verdade. — Ele respirou aliviado, como se o peso de uma decisão que ambos sabíamos que era grande finalmente tivesse sido feito.

Eu sorri de volta, sentindo meu peito se aquecer de uma maneira que eu não conseguia explicar. Às vezes, a vida nos empurra para caminhos difíceis, mas, ao mesmo tempo, nos dá a chance de viver momentos que fazem tudo parecer mais leve. O medo que eu senti no início da nossa conversa, e o medo que eu ainda sentia, começaram a se dissipar.

Nós ficamos ali, com as mãos entrelaçadas, em silêncio, mas agora não era um silêncio pesado. Era um silêncio confortável, como se as palavras não precisassem ser ditas o tempo todo para que nós soubéssemos o que o outro sentia.