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Emma
2 messes depois.


Bom, dois meses se passaram e eu diria que aconteceu bastante coisa. Começando por mim, nesse mês eu me aproximei mais de  e Fernando. Com a Yasmin, nós temos conversas profundas que me fazem refletir sobre minha fé e sobre o propósito que Deus tem para mim. Ela é uma verdadeira amiga, sempre pronta para ouvir e compartilhar suas experiências. Fernando, por outro lado, tem se mostrado um grande apoio não só na faculdade, mas também nos projetos da igreja. Ele é divertido e sempre traz um ar leve para as nossas discussões.

Fernando se converteu recentemente, e essa mudança tem sido uma das coisas mais marcantes desses dois meses. Ele está com uma postura diferente, mais leve e aberto a falar sobre fé. Temos trocado experiências sobre espiritualidade, e isso tem nos unido ainda mais. Eu sinto que ele encontrou algo verdadeiro, e é bonito ver como Deus pode transformar uma pessoa de dentro para fora. Yasmin também tem sido uma grande amiga nesse processo, nos guiando com sabedoria e empatia. É raro encontrar pessoas com o coração tão voltado para servir aos outros como ela.

Na faculdade, a carga de trabalho só aumenta, mas estou mais confiante. Aprendi a lidar melhor com a pressão, e ter Fernando como parceiro no estágio ajuda bastante. Ele tem trazido ideias criativas para nossas entrevistas e está tão engajado quanto eu. E falando em entrevistas, a conversa com Neymar que tanto aguardávamos foi adiada, o que inicialmente me deixou desapontada. Mas agora estou mais preparada e focada, sabendo que o tempo de Deus é sempre o melhor.

Esse mês também foi recheado de momentos especiais fora da rotina acadêmica. O show gospel com Yasmin e Fernando foi uma experiência única. A energia do lugar, a música, a comunhão... tudo me fez sentir mais conectada à minha fé. Foi um daqueles momentos que me lembram do poder que a adoração em comunidade pode ter. Me vi tão imersa nas canções que, por um momento, as preocupações da vida pareceram desaparecer.

No entanto, as saudades de casa ainda apertam. Tem dias que tudo que eu queria era poder voltar para os braços da minha mãe e sentir aquele conforto que só a família pode dar. Mesmo assim, as conversas com ela ajudam muito, especialmente quando a carga emocional começa a pesar.

Agora, sobre Hansi Flick... Ele continua sendo uma presença constante e desconfortável. Não sei exatamente o que ele quer, mas é como se sempre estivesse observando de longe. Não consigo desvendar suas intenções, e isso me deixa em alerta. Tento focar nas coisas importantes, como a faculdade e meus projetos na igreja, mas é difícil não sentir uma pontada de ansiedade sempre que ele está por perto.

Ah, e claro, não posso esquecer de Pedri e Ester. Eles ainda estão nessa dança estranha, sem nunca assumirem nada oficialmente. Dá para ver que eles têm algo especial, mas é engraçado como nenhum dos dois toma iniciativa. Já a Aurora, por outro lado, está vivendo uma fase diferente. Ela terminou o último relacionamento, e, mesmo sem dizer nada diretamente, eu percebo que está rolando algo entre ela e Balde. Eles trocam olhares que dizem tudo, e mesmo que ela tente esconder, está bem claro o que está acontecendo.

A vida segue em ritmo acelerado, mas estou começando a entender que, independentemente de tudo, é essencial confiar no processo e, principalmente, em Deus.

E Gavi, bom, desde nossa discussão, viramos estranhos novamente. A distância entre nós se tornou palpável, como se cada interação estivesse carregada de algo não dito. Não posso negar que isso me incomoda. No começo, eu tentava fingir que não me importava, mas agora está ficando cada vez mais difícil ignorar o vazio que ficou. Ele está sempre por perto, e mesmo quando não trocamos uma palavra, sua presença é pesada, como se algo nos puxasse para um confronto inevitável.

Milagres do Futebol // Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora