10

263 19 0
                                    

Pedri González
Bônus.


— Ih, cara, o que você tanto escreve nesse celular aí? — Gavi pergunta curioso, enquanto mastiga seu sanduíche natural.

Eu estava trocando mensagens com Ester, querendo saber como ela estava. Desde aquele dia em que ela apareceu lá em casa chorando, acabamos nos aproximando mais. Talvez seja por causa da história que ela compartilhou comigo.

Ela confiou em mim para falar sobre algo tão pessoal e sério. Só desejo poder estar por perto para ajudar no que for possível.

— Estou falando com a Ester — respondo, ainda concentrado no celular. Gavi franze o cenho e começa a mastigar mais devagar, como se estivesse pensando em algo.

— Entendi. — ele dá de ombros, aparentemente desinteressado, mas eu sei que ele está curioso.

Não contei a ele o que aconteceu porque não tenho esse direito. É algo pessoal de Ester. Mesmo que Gavi seja meu melhor amigo, essa é uma questão que envolve outra pessoa, e se ela quiser compartilhar com alguém, essa decisão tem que ser dela.

O vejo olhar seu celular e suspira. Franzo o cenho.

— Que foi? — pergunto, desligando meu celular depois de Ester ter me respondido.

O mesmo me olha e depois desvia seu olhar.

— nada.— ele diz, mas não me comoveu. O observo e olho seu celular na mesa, que ainda estava desbloqueado.

Em um ato rápido, pego seu celular. Gavi reage imediatamente, tentando pegar o celular de volta.

— Ei, devolve! — Gavi reclama, estendendo a mão para recuperar o aparelho. Eu rapidamente me levanto, mantendo o celular fora de alcance.

— Calma aí, só quero ver o que tá te deixando assim. — digo, rindo da expressão frustrada dele. Gavi para por um segundo, parecendo hesitar, mas depois suspira e se joga de volta na cadeira.

— Não tem nada de mais aí, cara. — Gavi murmura, parecendo um pouco derrotado.

Ignorando o comentário, olho para a tela do celular e vejo uma conversa aberta com Emma. O nome na tela me faz parar por um segundo.

Ele a chamava para ir a algum lugar, mas a mensagem ainda não foi respondida e muito menos lida. E isso com certeza tem deixado meu amigo ansioso.

Olho para Gavi, que parece nervoso, e sorrio abertamente.

— Ah, então é isso. Você está nervoso porque está esperando uma resposta da Emma, é? — digo, provocando-o. Ele desvia o olhar, tentando evitar o meu olhar inquisitivo.

— Não me olha assim, não é o que parece. — Ele diz, tomando o celular de volta com um gesto rápido, enquanto tenta disfarçar a cor das bochechas que estão começando a ficar avermelhadas.

— É, sei... — respondo, rindo. — Não me engana, Gavi. Parece que você realmente gosta dela.

Gavi revira os olhos e começa a mexer em seu celular novamente, claramente desconfortável com a situação.

— Não enche! Evocê? — Ele pergunta, tentando mudar de assunto. — Como está com a Ester? Parece que vocês têm se aproximado.

Milagres do Futebol // Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora