um dia normal.

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Era 14 da tarde, meu dia mais uma vez iria ser longo, e eu estava dormindo, até que um barulho bem alto começou a tocar, vinha do celular de lyle

- Mas que merda! - falei, abrindo os olhos com dificuldade, enquanto a luz do sol filtrava através das cortinas, iluminando a sala bagunçada.

- Por que o Lyle tem um alarme às 14 horas? - resmunguei, enquanto pressionava o botão de desligar. - Espera aí são duas horas? - Falo me exaltando e me levantando rápido.

Corri para o banheiro, o frio do piso de azulejos gelados contrastando com o calor que eu ainda sentia. O chuveiro estava quente, e eu mal tive tempo para apreciar a sensação. - Três minutos, se não menos - murmurei para mim mesma enquanto a água caía sobre mim, quase como um jato de adrenalina. Nem pensei em relaxar; era tudo ou nada.

Com a toalha ainda enrolada em volta do corpo, peguei a escova de dentes e a pasta em uma mão. - Por favor, não me faça perder mais tempo - resmunguei, enquanto escovava os dentes com pressa, tentando não deixar a espuma espirrar. O gosto de menta se misturava com a urgência da situação; eu precisava me arrumar rápido.

Depois de cuspir e enxaguar a boca, corri para o meu quarto. As roupas estavam espalhadas por todo lado, como se tivessem se rebelado contra a minha falta de organização. - Que droga, onde está aquela calça? - gritei, enquanto vasculhava o armário, jogando peças para o lado. A adrenalina pulsava nas minhas veias, e o tempo parecia escorregar entre os dedos.

Finalmente, encontrei a calça larga que eu procurava, e uma camisa preta apertada na barriga que mostrava um pouco dela. Com uma agilidade quase sobrenatural, vesti-me e dei uma rápida olhada no espelho. - Isso vai ter que servir - soltei um suspiro, alisando os cabelos que estavam um caos, logo em seguida colocando meu tênis.

Eu peguei a chave do carro, peguei o celular e desci do apartamento. Entrei no carro e fui abastecer. Porra! - gritei, irritada com o trânsito - Mas é por isso que estou atrasada! Como que um jegue desse tá dirigindo? Que lerdeza!

Buzinei e falei, tentando chamar a atenção do motorista à minha frente. - Acelera, meu filho! - Mas mesmo com a buzina, o homem que estava dirigindo não se ligou. Olhei para ele pelo retrovisor, e o que vi foi uma expressão de total desprezo, como se estivesse no último daqueles vídeos de meditação.

- Filho da puta! - gritei da janela, sentindo a raiva borbulhar dentro de mim. O trânsito parecia uma tortura, e eu, presa ali, assistindo a um espetáculo de ineficiência. Olhei para o relógio no painel e percebi que cada segundo contava. Desci o vidro e respirei fundo, tentando me acalmar, mas ele continuava lá, como se estivesse dando um passeio em vez de dirigir.

- O filho da puta não me deu espaço para passar, mas o outro carro deu, e eu Agradeci com uma buzina leve. Puta que pariu, acho que o dia hoje não é pra mim...


Fui tirando as mãos do volante e freiando devagar, porque vi que o sinal estava fechado. Olhei pelo retrovisor e, para meu desgosto, vi lá de trás o carro do homem que eu xinguei pra caralho.

- Ah, que droga... - murmurei, colocando a mão na cabeça. - Por favor, não para aqui...

Mas, claro, ele parou o carro bem do meu lado. Seus olhos estavam fixos em mim.

- Valeu a pena ter me xingado, moça? - ele perguntou, com um tom sarcástico, enquanto me encarava do carro dele.

Olhei para ele, tomando um fôlego.

- Teria valido se você tivesse se tocado que estava do lado errado - respondi, com a voz firme.

- Lado errado? - ele questionou, claramente irritado.

Lyle menendez, ódio ou amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora