Chapter 18: quiet morning

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JIHYO

Na manhã seguinte, o ar estava fresco, e os raios de sol começavam a atravessar as cortinas da pequena casa no campo. Acordei antes de Sana e Tzuyu, que ainda dormiam tranquilamente ao meu lado. A paz daquele momento me fez sorrir. Tudo parecia diferente, mais leve e harmonioso. O silêncio era quebrado apenas pelo som suave de suas respirações, sincronizadas como se, mesmo adormecidas, compartilhassem o mesmo ritmo.

Levantei-me devagar, tentando não acordá-las, e fui até a cozinha da casa da minha avó. O cheiro de terra molhada entrava pela janela aberta, trazendo uma sensação familiar e reconfortante. Comecei a preparar um café da manhã simples: frutas frescas, pão caseiro e café quente. O silêncio daquela manhã era tão acolhedor quanto a noite anterior havia sido intensa.

Enquanto cortava as frutas, ouvi passos suaves atrás de mim. Era Tzuyu, ainda meio sonolenta, com o cabelo bagunçado e aquele olhar calmo que sempre parecia esconder um pensamento profundo.

- Bom dia - ela disse, a voz suave e rouca de quem acabara de acordar. Ela se aproximou e, sem dizer mais nada, passou os braços ao meu redor, apoiando o queixo no meu ombro. Era um gesto simples, mas que falava tanto. Senti o calor dela contra mim, e por um momento ficamos assim, em silêncio, aproveitando a tranquilidade.

- Bom dia - respondi, virando um pouco o rosto para ela, sorrindo.
- Sana ainda está dormindo?

Tzuyu assentiu levemente, o sorriso tímido brincando em seus lábios. - Ela vai dormir até meio-dia, se deixar.

Rimos juntas, e eu me virei para encará-la, o que fez com que seus braços continuassem ao redor da minha cintura. Ficamos ali por alguns segundos, os olhares se cruzando, até que ela se inclinou e depositou um beijo suave na minha testa, um gesto cheio de ternura.

Aquele momento foi interrompido por passos rápidos e animados vindos do corredor. Sana apareceu com um sorriso de orelha a orelha, o cabelo em um coque bagunçado e os olhos brilhando de alegria. - Eu sabia que vocês iam tentar roubar o café da manhã sem mim!

Tzuyu soltou um leve riso, e eu apenas balancei a cabeça, divertida. Sana se aproximou e, sem hesitar, me deu um beijo na bochecha, antes de se virar para Tzuyu e fazer o mesmo, como se aquele gesto fosse algo natural entre nós.

- Então, o que vamos fazer hoje? - Sana perguntou, já se servindo de uma fatia de pão, os olhos curiosos brilhando enquanto olhava para nós duas. Havia algo de animado e leve nela que sempre deixava o ambiente mais vivo.

Eu olhei para as duas e senti uma onda de felicidade me atingir. - O que vocês quiserem - respondi, sabendo que o dia seria nosso, simples e despreocupado, exatamente como deveria ser.

Com o café da manhã servido e risadas preenchendo a cozinha, nós três nos sentamos à mesa, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. A fazenda, com seu ritmo lento e tranquilo, era o cenário perfeito para esse novo começo. E enquanto o dia passava devagar, eu sabia, em meu coração, que o que estávamos construindo era algo precioso - uma conexão única que não podia ser explicada com palavras, mas sentida em cada gesto, em cada olhar.

CONTINUA...

My cowgirls - Satzuhyo | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora