Chapter 20: Feelings

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O sol já começava a baixar no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. O calor suave da tarde, combinado com a brisa fresca, tornava o ambiente ainda mais acolhedor. Ao longe, as silhuetas das montanhas começavam a se destacar contra o céu, criando uma moldura perfeita para o fim do nosso passeio.

— Vocês estão com fome? — perguntou Sana, quebrando o silêncio relaxante que havia se formado.

— Eu já estava pensando nisso — respondi, rindo. — Depois de tanto caminhar, acho que merecemos um banquete.

Tzuyu, que estava ajustando a câmera para capturar as cores do entardecer, virou-se com um sorriso. — Eu trouxe alguns lanches, mas podemos tentar fazer algo mais especial. Que tal acendermos uma fogueira e fazermos um piquenique aqui mesmo?

A ideia foi recebida com entusiasmo, e começamos a juntar galhos secos enquanto Sana procurava por uma área segura para acender o fogo. Em pouco tempo, uma pequena fogueira crepitava à nossa frente, espalhando um calor reconfortante. Colocamos alguns dos lanches que trouxemos e frutas colhidas do pomar em uma toalha sobre a grama, e nos sentamos ao redor da fogueira, apreciando a simplicidade do momento.

— Isso é o que eu chamo de perfeição — disse Sana, mordendo uma fatia de pera enquanto observava as chamas dançando. — Não precisamos de nada além disso: comida simples, boa companhia e a natureza ao nosso redor.

Tzuyu concordou, assentindo silenciosamente enquanto se concentrava em capturar a luz da fogueira refletindo em nossos rostos. Cada foto era como um fragmento de um momento eterno, guardando não apenas o visual, mas também as emoções daquele dia.

— O que vocês acham de voltarmos aqui quando as estrelas aparecerem? — Tzuyu sugeriu. — Esse lugar deve ser incrível à noite.

Todos nós concordamos, e após o piquenique, deitamos na grama para esperar o céu escurecer. Lentamente, o manto de estrelas começou a se formar acima de nós, iluminando o céu de uma forma quase mágica. O som distante dos grilos e o farfalhar das folhas ao vento formavam a trilha sonora perfeita para o momento.

— Isso é melhor do que qualquer filme — comentei, observando a imensidão do céu estrelado.

— Com certeza — respondeu Sana, sorrindo. — Eu sempre soube que esses momentos, sem grandes planejamentos ou expectativas, acabam sendo os mais especiais.

Tzuyu, agora deitada ao nosso lado, olhou para nós e disse: — É como se o tempo parasse. Nada mais importa além de nós três e esse infinito acima de nós.

O silêncio que se seguiu foi um silêncio confortável, cheio de cumplicidade e gratidão. Sabíamos que aquele era um dia que ficaríamos lembrando por muito tempo - um daqueles dias que moldam relacionamentos e criam memórias que duram para sempre.

As horas passaram sem que percebêssemos, e quando finalmente decidimos voltar para casa, o cansaço físico se misturava com uma sensação de plenitude. Caminhamos em silêncio, acompanhadas apenas pelo som dos nossos passos e pelo brilho suave da lua que iluminava nosso caminho de volta.

Ao chegar à casa, Sana suspirou, feliz. — Acho que nunca vou esquecer esse dia.

— Nem eu — respondi, sorrindo para ela. — Vamos fazer disso uma tradição.

Tzuyu, que já havia começado a organizar as fotos na câmera, levantou a cabeça e disse: — Concordo. E da próxima vez, trago uma lente ainda melhor para capturar as estrelas.

Rimos juntas, sabendo que, seja no campo ou em qualquer outro lugar, o que realmente importava era estarmos ali, compartilhando momentos únicos, que só fazem sentido quando vividos ao lado de quem mais amamos.

Continua...

My cowgirls - Satzuhyo | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora