My cowgirls - Satzuhyo | G!P

Chapter 24: Washing the dishes

TZUYU

Lá estamos nós, Sana e eu, com as mãos mergulhadas na água ensaboada, encarando aquela pilha interminável de pratos e copos. Jihyo, nossa namorada, tinha nos pedido para lavar a louça – bom, "pedir" é uma palavra gentil. Foi praticamente uma ordem.

Enquanto esfregava um prato, Sana resmungou baixinho:

— Poxa, a gente podia estar descansando no sofá agora...

— Verdade! – concordei, quase em um sussurro para não chamar a atenção de Jihyo. — Ela é quem insiste em fazer tantas receitas, e a gente que acaba limpando tudo depois…

Do outro lado da cozinha, Jihyo nos observava com aquele sorrisinho típico dela, rindo das nossas reclamações. Ela cruzou os braços, encostada na porta, e lançou aquele olhar provocador.

— Vocês duas são umas dramáticas – disse ela, rindo. — Podem resmungar o quanto quiserem, mas quero ver essa pia brilhando!

Sana e eu trocamos olhares, frustradas mas sorrindo. No fundo, adorávamos o jeito mandão dela, mesmo que isso nos deixasse na função da louça.

Suspirei e continuei a esfregar um copo, enquanto Sana, do meu lado, fazia uma careta para a esponja nas mãos. Era uma daquelas esponjas amarelas, já meio desgastada – sinal de que não era a primeira vez que ela e eu éramos “convocadas” para o trabalho na cozinha.

— Sabe, Tzuyu – Sana começou, falando baixinho como se Jihyo não pudesse ouvir –, a gente devia fazer uma greve da louça. Se ela gosta tanto de mandar, podia muito bem aprender a lavar um prato ou outro...

Dei uma risadinha, pensando no quanto Jihyo provavelmente daria um sermão de resposta, e murmurei de volta:

— Concordo. Ou a gente devia ao menos exigir aumento… que tal um passeio de sobremesa? Algo assim pra compensar?

Jihyo arqueou a sobrancelha, percebendo o nosso burburinho. Ela deu alguns passos em nossa direção e, com um sorriso ainda mais travesso, pegou um pano para secar as louças que já estavam empilhadas ao lado.

— Planejando um golpe de estado contra mim, é? – ela brincou, secando um prato com uma calma provocativa. – Pois saibam que eu sempre posso deixar a louça pra vocês mais vezes, se estão assim tão cheias de ideias.

Sana e eu trocamos um olhar assustado, e então ela balançou a cabeça:

— Retiro tudo o que disse, Jihyo. Adoramos lavar a louça, juro!

— Perfeito, então – Jihyo respondeu, rindo da nossa rendição e voltando a secar os pratos. – No fim, acho que vocês até gostam.

No fundo, sabíamos que ela estava certa. Entre resmungos e risadas, era um daqueles momentos que só fortaleciam nosso relacionamento… mesmo que, claro, eu fosse preferir o sofá à pia na próxima rodada.

Continua...